Professores trocam experiências para implantar Metodologia Liga Pela Paz, da Inteligência Racional
 
                            “Eu odeio o mundo. Odeio meus pais que me colocaram no mundo e não me dão amor e carinho”. Esta frase faz parte da realidade de centenas de crianças, que relatam suas experiências para os professores da rede municipal de ensino de Arapiraca.
Mais de 800 educadores lidam diariamente com as emoções e os conflitos de alunos do 1º ao 9º anos do Ensino Fundamental. Inseridos nessa realidade, professores participam, desde o dia 2 de março, quarta-feira, na Escola de Tempo Integral Zélia Barbosa Rocha, no bairro Nova Esperança, da segunda e última etapa da Formação Inicial para a implantação da Metodologia Liga pela Paz, da Inteligência Relacional.
Dividido em vários módulos, professores, gestores e coordenadores escolares e profissionais da Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev) participaram trocando experiências.
A professora Maria Rosiane de Lima Costa está concluindo um estudo que pretende apresentar à Secretaria Municipal de Educação. “Não apenas os alunos têm conflitos e comportamento de violência na sala de aula, mas também os próprios educadores, que não conseguem equacionar suas emoções e passam esse sentimento de frustração para os alunos”, ressalta ela.
Foram ricos de detalhes os relatos dos educadores sobre o dia a dia dos alunos, em sua grande maioria de comunidades carentes, demonstrando revoltas e sinais visíveis de violência nas salas de aula. A questão é tão complexa que determinados alunos falam de violência e sexo com naturalidade, como simples experiência do cotidiano.
Para a professora Janecleide Rocha Amorim, os medos misturados à ansiedade de alguns alunos chegam a ser comoventes e tristes ao mesmo tempo. “Tem aluno que quase não consegue expor seus pensamentos, isso porque algumas mães dizem aos professores que, se os filhos não aprenderem nada, para não se preocuparem, pois eles são incapazes, tirando deles a autoestima e colocando seus próprios filhos no mais baixo grau de capacidade”, comenta. A professora alerta ainda sobre os conflitos vividos pelos alunos que são passados para outros colegas, que enxergam neles a mesma situação vivida.
Durante os quatro dias da Formação Inicial, os educadores realizaram oficinas e interagiram com os coordenadores, aprendendo como lidar com as emoções dos alunos.
“Chega a ser doloroso o relato desses alunos aos professores. Eles dizem não saber o que é uma mãe afagando seus rostos como gesto de amor e carinho”, desabafou a professora, afirmando que as lágrimas descem pelo rosto ao ouvir da boca de pequenos inocentes histórias tristes de violência em casa, que, em sua grande maioria, são levadas para as salas de aula, até como forma de revolta.
As emoções dos educadores ficam tão expostas, que eles narram em detalhes cada traço da fisionomia dos alunos. Em um determinado módulo, um educador, que quase não conseguiu conter as lágrimas, disse que um jovem passou cerca de quatro meses, desenhando o próprio aluno e a professora, levando-a para casa. Ao perguntar ao aluno o porquê daquele desenho, a educadora ouviu a afirmação de que não queria voltar para casa, mas sim morar com a professora que lhe dava carinho e atenção, algo que não tinha em casa.
Os educadores também defendem que este trabalho seja estendido às comunidades, entre professores, alunos, pais e à própria sociedade. Os educadores dizem que é preciso trabalhar esta emoção, tanto de alunos e dos próprios professores, que não estão preparados para lidar com os conflitos, nem deles e muito menos dos alunos, que não aceitam o fato de serem colocados em último plano em casa.
 
						
						Mais de 800 educadores lidam diariamente com as emoções e os conflitos de alunos do 1º ao 9º anos do Ensino Fundamental. Inseridos nessa realidade, professores participam, desde o dia 2 de março, quarta-feira, na Escola de Tempo Integral Zélia Barbosa Rocha, no bairro Nova Esperança, da segunda e última etapa da Formação Inicial para a implantação da Metodologia Liga pela Paz, da Inteligência Relacional.
Dividido em vários módulos, professores, gestores e coordenadores escolares e profissionais da Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev) participaram trocando experiências.
A professora Maria Rosiane de Lima Costa está concluindo um estudo que pretende apresentar à Secretaria Municipal de Educação. “Não apenas os alunos têm conflitos e comportamento de violência na sala de aula, mas também os próprios educadores, que não conseguem equacionar suas emoções e passam esse sentimento de frustração para os alunos”, ressalta ela.
Foram ricos de detalhes os relatos dos educadores sobre o dia a dia dos alunos, em sua grande maioria de comunidades carentes, demonstrando revoltas e sinais visíveis de violência nas salas de aula. A questão é tão complexa que determinados alunos falam de violência e sexo com naturalidade, como simples experiência do cotidiano.
Para a professora Janecleide Rocha Amorim, os medos misturados à ansiedade de alguns alunos chegam a ser comoventes e tristes ao mesmo tempo. “Tem aluno que quase não consegue expor seus pensamentos, isso porque algumas mães dizem aos professores que, se os filhos não aprenderem nada, para não se preocuparem, pois eles são incapazes, tirando deles a autoestima e colocando seus próprios filhos no mais baixo grau de capacidade”, comenta. A professora alerta ainda sobre os conflitos vividos pelos alunos que são passados para outros colegas, que enxergam neles a mesma situação vivida.
Durante os quatro dias da Formação Inicial, os educadores realizaram oficinas e interagiram com os coordenadores, aprendendo como lidar com as emoções dos alunos.
“Chega a ser doloroso o relato desses alunos aos professores. Eles dizem não saber o que é uma mãe afagando seus rostos como gesto de amor e carinho”, desabafou a professora, afirmando que as lágrimas descem pelo rosto ao ouvir da boca de pequenos inocentes histórias tristes de violência em casa, que, em sua grande maioria, são levadas para as salas de aula, até como forma de revolta.
As emoções dos educadores ficam tão expostas, que eles narram em detalhes cada traço da fisionomia dos alunos. Em um determinado módulo, um educador, que quase não conseguiu conter as lágrimas, disse que um jovem passou cerca de quatro meses, desenhando o próprio aluno e a professora, levando-a para casa. Ao perguntar ao aluno o porquê daquele desenho, a educadora ouviu a afirmação de que não queria voltar para casa, mas sim morar com a professora que lhe dava carinho e atenção, algo que não tinha em casa.
Os educadores também defendem que este trabalho seja estendido às comunidades, entre professores, alunos, pais e à própria sociedade. Os educadores dizem que é preciso trabalhar esta emoção, tanto de alunos e dos próprios professores, que não estão preparados para lidar com os conflitos, nem deles e muito menos dos alunos, que não aceitam o fato de serem colocados em último plano em casa.
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