Mundo caipira, política e religião: O que esperar das novelas em 2016

Após cansar o público com as favelas pseudorrealistas e assistir a um êxodo de telespectadores para a Record, a Globo resolveu se mexer e provocou uma mudança brusca na rota de suas novelas para 2016. Neste ano, saem de cena o mundo do crime, as tramoias secretas da facção de A Regra do Jogo e o Rio de Janeiro, e ganha destaque o interior, com direito a personagens caipiras e muito melodrama.
Benedito Ruy Barbosa volta ao horário mais nobre da emissora com aquele universo que ele, melhor do que nenhum outro autor, sabe representar: as raízes do país, com direito a coronéis e disputas de terra, entremeadas por romances proibidos e uma guerra entre duas famílias. Poderia ser a sinopse de O Rei do Gado (1996), mas trata-se de Velho Chico, novela que ocupará a vaga do atual folhetim de João Emanuel Carneiro.
A expectativa para a trama é grande, uma vez que traz de volta ao vídeo Rodrigo Santoro, ator bissexto em produções televisivas. Além disso, a direção criativa de Luiz Fernando Carvalho contribui para aumentar a cobrança que Velho Chico tem pela frente. É também a chance de Camila Pitanga, a mocinha da trama, se redimir pelo trabalho trôpego que apresentou em Babilônia (2015). E, claro, que a narrativa de Ruy Barbosa, dessa vez, vá além do desfile de gado e outros animais de um lado a outro do vídeo.
Outro horário que também ganha um forte sotaque caipira é o das seis. Walcyr Carrasco está prestes a estrear Êta Mundo Bom!, inspirada no filme Candinho (1954), de Mazzaropi. Carrasco é exímio autor do horário e é de se esperar que desta vez ele não derrape no texto como fez em suas excursões por outras bandas – Amor à Vida (2013) é o melhor exemplo do que ele não deve seguir.
Para evitar uma overdose interiorana, a Globo cancelou a novela Trem Bom, cuja trama se passaria ao redor do universo sertanejo universitário. Na sequência de Carrasco, Walther Negrão e Júlio Fischer assumem o posto com uma temática litorânea, especialidade de Negrão.
Às sete, a próxima produção tira a naftalina do armário e refaz um dos maiores sucessos do horário, Sassaricando (1987), de Silvio de Abreu, desta vez com o nome de Haja Coração. Mariana Ximenes encara pela primeira vez uma protagonista cômica, a cultuada Tancinha, papel que elevou Claudia Raia ao estrelato. Ainda que Mariana não tenha o tipo físico da personagem, a atriz é boa e tem chances de se destacar no papel. Daniel Ortiz, o autor, promete ainda novos desenrolares com novas tramas. É torcer para que a releitura seja mais bem-sucedida que a última empreitada de remake no horário, Guerra dos Sexos (2012).
A Record, por sua vez, promete não dar trégua à concorrência e investirá forte no filão religioso, que fez a alegria do bispado em 2015. Há a segunda parte de Os Dez Mandamentos – e espera-se que a enrolação seja menor e que, desta vez, os mandamentos sejam enfim revelados – e A Terra Prometida, com direção de Alexandre Avancini e texto de Renato Modesto.
Em paralelo, a emissora estreia A Escrava Mãe, uma novela de época, inteiramente gravada, indo totalmente contra um dos principais pilares do gênero, o fato de telenovelas serem obras abertas, que podem mudar de acordo com a resposta do público. O final da história já é de conhecimento de todos e a produção (terceirizada) não foi das mais calmas. A expectativa é que com ela a Record consiga consolidar seu segundo horário de novelas e torne-se uma verdadeira praga contra a Globo.
História também não deve faltar em Liberdade, Liberdade, que conta a trajetória de Joaquina, a filha de Tiradentes, mártir do movimento político da Inconfidência Mineira. Por fim, em ano eleitoral, política não poderia ficar de fora e a tarefa de levar ao vídeo uma trama com tal temática coube a Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, estreantes no horário das nove e que cederam espaço para Benedito Ruy Barbosa recuperar os índices de audiência que andam bastante cambaleantes pela Globo.
Em um ano olímpico, é de se estranhar que nenhuma produção em curso vá abordar o tema. Mas do jeito que as coisas andam, com novela sendo cancelada em cima da hora, não seria surpresa nenhuma se alguma trama afim pintasse no horizonte.
Benedito Ruy Barbosa volta ao horário mais nobre da emissora com aquele universo que ele, melhor do que nenhum outro autor, sabe representar: as raízes do país, com direito a coronéis e disputas de terra, entremeadas por romances proibidos e uma guerra entre duas famílias. Poderia ser a sinopse de O Rei do Gado (1996), mas trata-se de Velho Chico, novela que ocupará a vaga do atual folhetim de João Emanuel Carneiro.
A expectativa para a trama é grande, uma vez que traz de volta ao vídeo Rodrigo Santoro, ator bissexto em produções televisivas. Além disso, a direção criativa de Luiz Fernando Carvalho contribui para aumentar a cobrança que Velho Chico tem pela frente. É também a chance de Camila Pitanga, a mocinha da trama, se redimir pelo trabalho trôpego que apresentou em Babilônia (2015). E, claro, que a narrativa de Ruy Barbosa, dessa vez, vá além do desfile de gado e outros animais de um lado a outro do vídeo.
Outro horário que também ganha um forte sotaque caipira é o das seis. Walcyr Carrasco está prestes a estrear Êta Mundo Bom!, inspirada no filme Candinho (1954), de Mazzaropi. Carrasco é exímio autor do horário e é de se esperar que desta vez ele não derrape no texto como fez em suas excursões por outras bandas – Amor à Vida (2013) é o melhor exemplo do que ele não deve seguir.
Para evitar uma overdose interiorana, a Globo cancelou a novela Trem Bom, cuja trama se passaria ao redor do universo sertanejo universitário. Na sequência de Carrasco, Walther Negrão e Júlio Fischer assumem o posto com uma temática litorânea, especialidade de Negrão.
Às sete, a próxima produção tira a naftalina do armário e refaz um dos maiores sucessos do horário, Sassaricando (1987), de Silvio de Abreu, desta vez com o nome de Haja Coração. Mariana Ximenes encara pela primeira vez uma protagonista cômica, a cultuada Tancinha, papel que elevou Claudia Raia ao estrelato. Ainda que Mariana não tenha o tipo físico da personagem, a atriz é boa e tem chances de se destacar no papel. Daniel Ortiz, o autor, promete ainda novos desenrolares com novas tramas. É torcer para que a releitura seja mais bem-sucedida que a última empreitada de remake no horário, Guerra dos Sexos (2012).
A Record, por sua vez, promete não dar trégua à concorrência e investirá forte no filão religioso, que fez a alegria do bispado em 2015. Há a segunda parte de Os Dez Mandamentos – e espera-se que a enrolação seja menor e que, desta vez, os mandamentos sejam enfim revelados – e A Terra Prometida, com direção de Alexandre Avancini e texto de Renato Modesto.
Em paralelo, a emissora estreia A Escrava Mãe, uma novela de época, inteiramente gravada, indo totalmente contra um dos principais pilares do gênero, o fato de telenovelas serem obras abertas, que podem mudar de acordo com a resposta do público. O final da história já é de conhecimento de todos e a produção (terceirizada) não foi das mais calmas. A expectativa é que com ela a Record consiga consolidar seu segundo horário de novelas e torne-se uma verdadeira praga contra a Globo.
História também não deve faltar em Liberdade, Liberdade, que conta a trajetória de Joaquina, a filha de Tiradentes, mártir do movimento político da Inconfidência Mineira. Por fim, em ano eleitoral, política não poderia ficar de fora e a tarefa de levar ao vídeo uma trama com tal temática coube a Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, estreantes no horário das nove e que cederam espaço para Benedito Ruy Barbosa recuperar os índices de audiência que andam bastante cambaleantes pela Globo.
Em um ano olímpico, é de se estranhar que nenhuma produção em curso vá abordar o tema. Mas do jeito que as coisas andam, com novela sendo cancelada em cima da hora, não seria surpresa nenhuma se alguma trama afim pintasse no horizonte.
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