Pressão sobre trabalho do “tranquilo” Doriva dá primeiros sinais no Tricolor

Por Gazeta Esportiva 24/10/2015 12h12
Por Gazeta Esportiva 24/10/2015 12h12
Pressão sobre trabalho do “tranquilo” Doriva dá primeiros sinais no Tricolor
Foto: Gazeta Esportiva
Bastou a derrota por 3 a 1 para o Santos, na última quarta-feira, em pleno Morumbi, para Doriva já ter de responder a perguntas sobre a sequência de seu trabalho no São Paulo. Há apenas três partidas no comando da equipe, o treinador ainda não conseguiu implementar um estilo de jogo e poderá perder o respaldo da diretoria e torcida caso não mude o panorama rapidamente. O duelo contra o Coritiba, nesse domingo, e o confronto de volta das semifinais da Copa do Brasil, diante do Santos, na próxima quarta-feira, serão cruciais para o futuro do comandante.

Doriva afirma que por enquanto não pensa no planejamento para 2016 e pede para que a avaliação sobre seu trabalho no Tricolor fique restrita à diretoria. Em meio a um período de turbulência política, os conselheiros irão às urnas nesta terça-feira para definir o sucessor de Carlos Miguel Aidar, que renunciou à presidência após ser acossado por denúncias de corrupção. Mandatário interino por chefiar o Conselho Deliberativo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, é o favorito a ganhar o pleito.

Antes da partida contra o Santos, no meio da semana, Leco disse a jornalistas que pretende manter Doriva caso vença as eleições. “Gosto dele. Ele foi campeão paulista pelo Ituano e carioca pelo Vasco. E acima de tudo foi campeão mundial com esta camisa”, disse, referindo-se ao fato de o técnico ter participado como jogador da conquista internacional do São Paulo em 1993. Leco, no entanto, disse que não teria deixado Juan Carlos Osorio sair do clube no final da temporada para assumir a seleção mexicana. “Ouso dizer que se fosse o presidente, ele não teria saído. Ele, como qualquer um, precisa de tranquilidade para trabalhar”, acrescentou.

Caso o São Paulo não reverta a vantagem do Santos na Copa do Brasil e se distancie da briga pelo G4 do Brasileiro, a paciência com Doriva pode chegar ao fim. A diretoria provisória da equipe entende que a ausência na Copa Libertadores de 2016 seria catastrófica para o Tricolor, uma vez que afetaria a aquisição de receitas e implicaria na montagem do elenco. A pressão, de acordo com Doriva, não é motivo de preocupação por enquanto.

“Não penso em 2016”, disse o técnico. “Em todos os lugares há gente a favor e contra. Farei o meu trabalho da melhor forma possível, com profissionalismo e dedicação”. Para o comandante tricolor, “cabe às pessoas que veem e acompanham meu trabalho o julgamento”. “Estou consciente, tranquilo da minha idoneidade e da minha seriedade com relação a isso”, concluiu.