Polícia Federal prende uma pessoa em Alagoas suspeita de fraudar concurso

Por via Tribuna Hoje 21/10/2015 09h09
Por via Tribuna Hoje 21/10/2015 09h09
Polícia Federal prende uma pessoa em Alagoas suspeita de fraudar concurso
Foto: Divulgação/Ilustração
Uma operação da Polícia Federal (PF) em Alagoas foi deflagrada nesta terça-feira (21) com o objetivo de desarticular uma quadrilha criminosa estruturada para fraudar concursos públicos, principalmente os realizados pelo Poder Judiciário, em todo o território nacional.

A operação visa o cumprimento de 14 mandados de prisão e 19 mandados de busca e apreensão.

Além de Alagoas, a “Operação Afronta” também foi deflagrada nos estados de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Rondônia. Aqui no estado a operação acontece nas cidades de Maceió e União dos Palmares. A assessoria de imprensa da instituição informou que os agentes da PF já conseguiram prender alguns suspeitos de integrar a quadrilha e pelo menos um deles foi preso aqui no estado.

A investigação foi desenvolvida pela Delegacia de Polícia Federal em Sorocaba-SP. A fraude foi detectada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que encontrou irregularidades no último concurso para os cargos de Analista Judiciário e Técnico Judiciário e encaminhou os documentos à PF, para instauração de inquérito. Os candidatos suspeitos tinham feito a prova em Sorocaba.

De acordo com as investigações, a fraude acontece da seguinte forma: os líderes da organização monitoram a publicação de editais de concursos públicos. Depois de publicado o edital, são inscritos no exame os candidatos interessados em ingressar na carreira mediante fraude e também os chamados “pilotos”, membros da quadrilha que se inscrevem no certame para fotografar o caderno de questões com microcâmeras durante a prova.

No dia do exame, após fotografarem as questões e ter decorrido o tempo de permanência em sala de aula, geralmente de uma hora, os “pilotos” saem do local da prova e repassam as fotos das folhas de questões ao líder da organização. As respostas, por sua vez, são repassadas aos candidatos por meio de ponto eletrônico.

Os candidatos pagariam à organização criminosa dez vezes o valor do salário do cargo pretendido pelas respostas da prova. Os investigados responderão, de acordo com a participação, pelos crimes de organização criminosa, e fraude em certames de interesse público.

 
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