Fenaban faz nova proposta a bancários e eles rejeitam

Por via gazetaweb 20/10/2015 19h07
Por via gazetaweb 20/10/2015 19h07
Fenaban faz nova proposta a bancários e eles rejeitam
Foto: Ana Kézia Gomes
Representantes do Sindicato dos Bancários de Alagoas se reúnem com membros da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em São Paulo, nesta terça-feira (20), para mais uma rodada de negociação com vistas ao fim da greve. Os bancários cruzaram os braços há 14 dias, e 199 agências em todo o estado já foram fechadas devido à paralisação. A categoria cobra reajuste salarial, mais benefícios à carreira e melhores condições de trabalho. Contrariando as expectativas da categoria, a proposta apresentada nessa primeira rodada de negociações, foi de 7,5% de reajuste, sem abono. A reunião ocorreu no hotel Maksoud Plaza, em São Paulo.

O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta na mesa e reafirmou a intenção de discutir aumento real. Na prática, isso significa que os bancários manterão a greve até que nova proposta seja apresentada.

Na semana passada, os bancários realizaram um ato para dizer “Não” ao reajuste de 5,5% no salário, considerado inicialmente pela Federação. A categoria, no entanto, explica que a proposta foi abaixo da inflação, que gira em torno de 9%. Além disso, o reajuste descartado só seria implementado no primeiro semestre sem ser incorporado no FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço].

De acordo com o presidente do sindicato, Jairo França, a expectativa é considerada mínima quanto ao encerramento da greve. “Apesar de a reunião constituir um canal de negociação com os trabalhadores, não esperamos muita coisa deste encontro. O movimento grevista se intensifica a cada dia, com as 199 agências fechadas, de um total de 244 em Alagoas”, reforçou o presidente, acrescentando que o resultado da reunião deve ser divulgado ainda hoje.

À , o sindicalista ressaltou que mais nenhuma agência foi aberta por força de um interdito proibitório. O alvo da última decisão foi o banco Santander de Arapiraca, que teve de reabrir na última sexta-feira (16).

Pauta de reivindicações

Os bancários querem reajuste salarial de 16%, com piso de R$ 3.299,66, e Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários, mais R$ 7.246,82. A categoria também reivindica vales alimentação e refeição, além de 13ª cesta básica e auxílio-creche/babá de R$ 788. A categoria quer, ainda, o pagamento de cursos de graduação e pós-graduação, mais investimentos em segurança e melhores condições de trabalho.

A última proposta apresentada pela Fenaban, rejeitada em assembleia, ofertava reajuste salarial de 5,5%, com piso entre R$ 1.321,26 e R$ 2.560,23. A federação propôs, ainda, a participação nos lucros e resultados com base na regra de 90% do salário, mais R$ 1.939,08, e limitado a R$ 10.402,22, além de parcela adicional (2,2% do lucro líquido, dividido linearmente para todos e limitado a R$ 3.878,16).

Foram também propostos os seguintes benefícios: auxílio-refeição de R$ 27,43, auxílio-alimentação e 13ª cesta de R$ 454,87, auxílio-creche/babá de R$ 323,84 a R$ 378,56, gratificação para compensador de cheques de R$ 147,11, e qualificação profissional de R$ 1.294,49.