Dilma rebate declaração de Cunha: ‘O meu governo não está envolvido em nenhum escândalo de corrupção’

Por Redação com G1 20/10/2015 09h09
Por Redação com G1 20/10/2015 09h09
Dilma rebate declaração de Cunha: ‘O meu governo não está envolvido em nenhum escândalo de corrupção’
Foto: Reprodução
Dilma Rousseff alegou nesta terça-feira (20) em entrevista à imprensa, ao lado do presidente da Finlândia, Sauli Niinisto, que o seu governo não está envolvido em esquema de corrupção. Ela havia sido questionada sobre a declaração do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que, nesta segunda (19), disse lamentar "que seja com um governo brasileiro o maior escândalo de corrupção do mundo".

"Eu não vou comentar as palavras do Presidente da Câmara. O meu governo não está envolvido em nenhum escândalo de corrupção. Não é o meu governo que está sendo acusado atualmente", disse Dilma. Há dois meses, a Procuradoria-Geral da União ofereceu denúncia ao Supremo Tribunal Federal contra Cunha por corrupção e lavagem de dinheiro. Na semana passada, o STF autorizou abertura de novo inquérito para investigar contas de Cunha na Suíça.

No domingo, em entrevista na Suécia, quando questionada se as denúncias contra o peemedebista causam constrangimento ao Brasil no exterior, Dilma replicou que seria "estranho se causassem". "Ele [Cunha] não integra o meu governo. Eu lamento que seja um brasileiro, se é isso que você [repórter] está perguntando", disse a presidenta naquele momento. A partir daí, ela e Cunha têm respondido às declarações um do outro na imprensa.

A presidente faz viagem oficial à Escandinávia desde o sábado. Ela passou os primeiros três dias cumprindo agenda oficial na Suécia e, na noite de segunda, foi para a Finlândia. Depois da declaração à imprensa, ela participou de um almoço oficial oferecido pelo presidente finlandês. Depois, estava prevista uma reunião com empresários.

Na entrevista desta terça, Dilma comentou também os pedidos de impeachment protocolados pela oposição contra a presidente.
"Eu acredito que o objetivo da oposição pode ser inviabilizar a ação do governo, mas a ação do governo não vai ser inviabilizada pela oposição, faça ela quantos pedidos de impeachment fizer", afirmou.