IMA flagra carvoaria em fazenda de presidente da Câmara de Piranhas, AL

Fiscais do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) flagraram uma carvoaria, em uma fazenda no município de Piranhas, na Região Sertão do estado, realizando o crime de desmatamento ambiental. De acordo com o IMA, a propriedade ao presidente da Câmara de Vereadores do município, Agilson Ferreira Bastos, que foi multado em R$ 25 mil por crime de desmatamento de uma área de caatinga preservada de 70 mil metros quadrados.
O Instituto relatou ainda que, no local, árvores como o angico, catingueira e aroeira foram derrubadas e viraram 147 sacos de carvão. Os agentes afirmam que os três fornos, usado para a produção do mineral, foram destruidos.
O presidente da Câmara negou que tinha conhecimento da ação, pois o terreno estava alugado por terceiros. “Alugo para [a fazenda] pessoal criar gado e colocar roça. O cidadão que alugou fez esse pequeno desmatamento e eu não tinha conhecimento”, diz.
A fabricação de carvão é proibida devido aos danos causados ao meio ambiente, mas no Sertão, a prática ainda é comum. Na região, é possível avistar diversos fornos na beira da estrada.
A aposentada Maria José de Aquino, de 83 anos, diz que criou os filhos e os netos fazendo carvão, aproveitando a madeira de roçados, locais desmatados para a criação de pastos ou de agricultura. “Derruba as varinhas para fazer um legumezinho, um pastinho pros bichos, né? Aí aproveitamos as varinhas que sobraram”, explica.
Devido a prática ilegal, a caatinga, típica no nordeste brasileiro, vai desaparecendo. A reportagem flagrou, em um trecho de 10 quilômetro, oito carvoarias. Em um trecho, lenhadores estavam cortando as plantas e, ao avistar a equipe de reportagem, fugiram do local.
O saco com 20 quilos de carvão é vendido por nove reais. Um dos compradores, afirma que compra o material para revender em outra cidade. “Faço isso para dar o que comer a minha filha e a minha mulher. Só por isso mesmo”, diz Gildo Viana Lima.
Maria Francisca da Silva, que também mora na região, afirma que é contra a prática. Há cinco anos ela planta mudas de oito espécies da caatinga e afirma que fica feliz em realizar a prática. “Fico muito alegre quando eu vejo essa grande natureza plantada. Eu tenho muito orgulho disso e sempre passo para as comunidades”, explica.
De acordo com o IMA, que realiza a fiscalização das carvoarias, durante as últimas fiscalizações realizadas no Sertão, três proprietários de terras foram autuados e sete fornos foram destruídos. O órgão relata que tem investido em operações de fiscalizações, na criação de unidade de conservação públicas e particulares e na educação ambiental para evitar o desmatamento e as práticas ilícitas.
Segundo o instituto, as carvoarias ainda existem por uma questão história e de má-fé de alguns empresários. Os infratores devem responder um processo administrativo, sendo obrigado a reparar o dano. Caso o proprietário não realize o reparo, uma ação civil pública pode ser ajuizada.
Se os proprietários dos locais que realizam a prática irregular forem flagrados, eles podem ser presos, em uma pena que pode chegar a quatro anos de prisão, e pagar uma multa que varia entre R$ 25 mil e R$ 1,2 milhões, além da multa pela madeira apreendida, que é de R$ 300 por metro Cúbico.
Clique aqui e confira a matéria original.
O Instituto relatou ainda que, no local, árvores como o angico, catingueira e aroeira foram derrubadas e viraram 147 sacos de carvão. Os agentes afirmam que os três fornos, usado para a produção do mineral, foram destruidos.
O presidente da Câmara negou que tinha conhecimento da ação, pois o terreno estava alugado por terceiros. “Alugo para [a fazenda] pessoal criar gado e colocar roça. O cidadão que alugou fez esse pequeno desmatamento e eu não tinha conhecimento”, diz.
A fabricação de carvão é proibida devido aos danos causados ao meio ambiente, mas no Sertão, a prática ainda é comum. Na região, é possível avistar diversos fornos na beira da estrada.
A aposentada Maria José de Aquino, de 83 anos, diz que criou os filhos e os netos fazendo carvão, aproveitando a madeira de roçados, locais desmatados para a criação de pastos ou de agricultura. “Derruba as varinhas para fazer um legumezinho, um pastinho pros bichos, né? Aí aproveitamos as varinhas que sobraram”, explica.
Devido a prática ilegal, a caatinga, típica no nordeste brasileiro, vai desaparecendo. A reportagem flagrou, em um trecho de 10 quilômetro, oito carvoarias. Em um trecho, lenhadores estavam cortando as plantas e, ao avistar a equipe de reportagem, fugiram do local.
O saco com 20 quilos de carvão é vendido por nove reais. Um dos compradores, afirma que compra o material para revender em outra cidade. “Faço isso para dar o que comer a minha filha e a minha mulher. Só por isso mesmo”, diz Gildo Viana Lima.
Maria Francisca da Silva, que também mora na região, afirma que é contra a prática. Há cinco anos ela planta mudas de oito espécies da caatinga e afirma que fica feliz em realizar a prática. “Fico muito alegre quando eu vejo essa grande natureza plantada. Eu tenho muito orgulho disso e sempre passo para as comunidades”, explica.
De acordo com o IMA, que realiza a fiscalização das carvoarias, durante as últimas fiscalizações realizadas no Sertão, três proprietários de terras foram autuados e sete fornos foram destruídos. O órgão relata que tem investido em operações de fiscalizações, na criação de unidade de conservação públicas e particulares e na educação ambiental para evitar o desmatamento e as práticas ilícitas.
Segundo o instituto, as carvoarias ainda existem por uma questão história e de má-fé de alguns empresários. Os infratores devem responder um processo administrativo, sendo obrigado a reparar o dano. Caso o proprietário não realize o reparo, uma ação civil pública pode ser ajuizada.
Se os proprietários dos locais que realizam a prática irregular forem flagrados, eles podem ser presos, em uma pena que pode chegar a quatro anos de prisão, e pagar uma multa que varia entre R$ 25 mil e R$ 1,2 milhões, além da multa pela madeira apreendida, que é de R$ 300 por metro Cúbico.
Clique aqui e confira a matéria original.
Últimas Notícias

Cidades
Tribunal de Justiça de Alagoas alerta sobre riscos de acidentes de trabalho

Saúde
Unidades Trapiche e Via Expressa do Hemoal Maceió vão passar por dedetização e funcionam neste sábado até às 12h

Arapiraca
Morre o empresário arapiraquense Djalma Carneiro, dono da Lua Auto Peças

Polícia
Homem é morto a tiros dentro de barbearia em Maceió

Meio ambiente
Haras alagoano registra morte de 69 cavalos por consumo de ração contaminada; entre eles, um avaliado em R$ 12 milhões
Vídeos mais vistos

TV JÁ É
Prefeito de Junqueiro em Arapiraca

TV JÁ É
Ronaldo Lessa visita obras do Hospital Metropolitano em Arapiraca

TV JÁ É
Homem que conduzia motocicleta pela contramão morre ao ter veículo atingido por carro, em Arapiraca

TV JÁ É
Festa termina com jovem morta e dois feridos no Agreste alagoano

Geral