Tribunal de Justiça recebe ministro Ricardo Lewandowski nesta sexta (2)

Por Redação com Dicom (TJ/AL) 02/10/2015 09h09
Por Redação com Dicom (TJ/AL) 02/10/2015 09h09
Tribunal de Justiça recebe ministro Ricardo Lewandowski nesta sexta (2)
Projeto garante a rápida apresentação do preso a um juiz, nos casos de prisão em flagrante. - Foto: Flickr CNJ
O ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), vem a Maceió nesta sexta (2), para oficializar a implantação do projeto “Audiências de Custódia” no estado, junto com o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), Washington Luiz Damasceno, nesta sexta (2).

O projeto consiste na garantia da rápida apresentação do preso a um juiz, nos casos de prisão em flagrante. A assinatura do termo de adesão ao projeto será no Pleno do TJ, às 10h. Na ocasião, Lewandowski receberá a comenda Moura Castro, maior honraria concedida pelo Judiciário alagoano.

Aproximadamente às 11h, será realizada uma audiência de custódia. A entrevista coletiva com o ministro está prevista para às 11h30. Na sequência, o ministro parte para o Palácio do Governo, onde há programação para recebê-lo por volta das 12h.

Audiências de custódias

Em fevereiro de 2015, o CNJ, em parceria com o Ministério da Justiça e o TJSP, lançou o projeto Audiência de Custódia. A ideia é que o acusado seja apresentado e entrevistado pelo juiz, em uma audiência em que serão ouvidas também as manifestações do Ministério Público, da Defensoria Pública ou do advogado do preso.

Com a implantação do programa, presos em flagrante em Maceió serão encaminhados, em até 24h, para uma primeira análise sobre a necessidade da prisão. O juiz avaliará a prisão sob o aspecto da legalidade, da necessidade e da adequação da continuidade da prisão ou da eventual concessão de liberdade, com ou sem a imposição de outras medidas cautelares. O magistrado poderá avaliar também eventuais ocorrências de tortura ou de maus-tratos, entre outras irregularidades.

O projeto prevê ainda a estruturação de centrais de alternativas penais, de monitoramento eletrônico, de serviços e assistência social e câmaras de mediação penal, que serão responsáveis por representar ao juiz opções ao encarceramento provisório.

A implementação das audiências de custódia está prevista em pactos e tratados internacionais assinados pelo Brasil, como o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos e a Convenção Interamericana de Direitos Humanos, conhecida como Pacto de San Jose. O projeto já foi aderido por 15 estados brasileiros.

 
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