Policia começa a ouvir testemunhas de acidente aéreo em AL

Por Redação com G1-AL 29/09/2015 15h03
Por Redação com G1-AL 29/09/2015 15h03
Policia começa a ouvir testemunhas de acidente aéreo em AL
Foto: Jonathan Lins/G1
O delegado da Polícia Civil Manoel Acácio Júnior, designado em caráter especial para investigar a queda do helicóptero do Gabinete Militar do estado, que vitimou quatro militares na última semana, começou a ouvir nesta terça-feira (29) as testemunhas do acidente.

A investigação da Polícia Civil acontece paralelamente à perícia do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa II), da Força Aérea Brasileira.
De acordo com o delegado, o inquérito deve ajudar a identificar os fatores que contribuíram para a queda da aeronave. O prazo para conclusão das investigações da polícia é de um mês, mas pode ser prorrogado. Já a Seripa II tem até um ano para entregar o relatório final da perícia.

Os depoimentos começaram com a cabeleireira Josefa Marcolino da Silva, 46. Ela disse que foi uma das primeiras pessoas a chegar ao local do acidente. "Vi o homem ainda vivo batendo as pernas em cima do carro. Saí para pedir ajuda e quando voltei ele já estava com as costas queimando e me mandaram sair de perto. Foi aí que começaram as explosões e o fogo", conta.

Josefa conta que só depois que o fogo apagou, percebeu que havia outras pessoas na aeronave.

"Até hoje lembro daquele dia. Não consigo dormir direito imaginando aquela cena. Ainda tenho a marca no braço de quando corri e me machuquei. Uma cena que não vou esquecer. Eu sei que eles fizeram de tudo para tirar o helicóptero de cima das nossas casas", lamenta.


Josefa Marcolino diz que pediu ajuda para tentar
salvar os militares (Foto: Carolina Sanches/G1)

Além da cabeleireira, o delegado convocou outros quatro moradores da região e representantes do Grupamento Aéreo da Polícia Militar. Nesta terça, também será ouvido o mecânico que trabalhava com a aeronave.

"Essas testemunhas vão apontar de que forma a aeronave caiu. Detalhes que vão ajudar nossa conclusão. Temos um mês para concluir esse inquérito, mas posso pedir que ele seja prorrogado", explica Acácio Júnior.