Peritos encontram restos mortais próximo a destroços do helicóptero

Por Redação com gazetaweb 24/09/2015 14h02
Por Redação com gazetaweb 24/09/2015 14h02
Peritos encontram restos mortais próximo a destroços do helicóptero
Foto: Jobison Barros
Os peritos do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) encontraram, nessa quinta-feira (24), restos mortais que seriam dos militares vítimas do acidente ocorrido ontem com a aeronave da Segurança Pública de Alagoas.

Uma arcada dentária e um material que se assemelha a um órgão humano foram localizados a alguns metros de distância dos destroços. O Instituto de Criminalística (IC) foi acionado para fazer o recolhimento do material.

Quatro investigadores do Seripa estão em Maceió desde ontem, quando deram início aos trabalhos que têm o objetivo de revelar as possíveis causas do acidente. De acordo com o coronel José Roberto Mendes da Silva, que comanda o grupo, os materiais recolhidos no local do acidente serão levados a um laboratório da Aeronáutica situado na cidade de São José dos Campos, em São Paulo. O coronel, no entanto, não descarta a possibilidade de que eles sejam levados para fora do país a fim de serem analisados.

“Temos que saber se houve falhas ou não, e o que aconteceu. Caso o laboratório de São Paulo não tenha estrutura suficiente para tal demanda, o material poderá ser enviado para o exterior”, diz José Roberto, ressaltando que não existe um prazo para a conclusão do relatório, mas a expectativa é que ele saia dentro de 12 meses.

Segundo informações de policiais do 5º Batalhão que estavam no local, os restos humanos já teriam sido mexidos por cachorros.

Nesta sexta-feira (24), a equipe de investigadores irá até o Aeroclube de Maceió – onde o helicóptero havia sido abastecido - para fazer uma coleta de combustível. Também vão ao Aeroporto Zumbi dos Palmares pegar a documentação da aeronave de modelo 206L-3, de prefixo PP-ELA .

O coronel relata que, em tese, a aeronave não explodiu no ar porque as testemunhas não relataram isso. “Mas tudo é especulação e a investigação tem que ser multidisciplinar”, disse. Como parte das investigações, os familiares das vítimas serão encaminhados a psicólogos para que seja levantado um perfil dos militares.