Helicóptero que caiu em Maceió tinha licença de vôo até 2020, afirma Anac

Por Redação com G1-AL 23/09/2015 18h06
Por Redação com G1-AL 23/09/2015 18h06
Helicóptero que caiu em Maceió tinha licença de vôo até 2020, afirma Anac
Foto: Cortesia do leitor
O helicóptero que caiu na manhã desta quarta-feira (23) no bairro da Santa Lúcia, em Maceió, estava com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) regular, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O documento acompanha a situação da aeronave e indica se ela estava apta para voar. Os quatro militares que estavam a bordo da aeronave morreram.

De acordo com o documento, a aeronave de modelo 206L-3 e prefixo PP-ELA, do Gabinete Militar do Governo do Estado de Alagoas, possuía licença para voar até agosto de 2020 e Inspeção Anual de Manutenção (IAM) com validade até agosto de 2016.

O comandante do Grupamento Aéreo do governo de Alagoas, coronel André, informou que a aeronave modelo Long Ranger foi fabricada em 1992, mas estava com as manutenções periódicas e com as peças sendo substituídas no tempo correto. O secretário Alfredo Gaspar de Mendonça, também bastante consternado e emocionado, disse que tudo não passou de um acidente e que as causas serão apuradas pela Infraero.

Morreram na tragédia o major do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) Milton Carnaúba Gomes Paiva, o capitão da Polícia Militar (PM) Mário Henrique de Assunção e os soldados da PM Marcos de Moura Pereira e Diogo de Melo Gonzaga.

A PM cancelou a programação prevista para os próximos dias até domingo (27). A prefeitura de Maceió decretou luto oficial de três dias. Em nota oficial, o governo do Estado também lamentou a tragédia e adotou o mesmo procedimento.

Investigações


A assessoria de comunicação do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), disse que uma equipe do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA II) foi encaminhada para o local do acidente para coletar dados e evidências que possam apontar os fatores que contribuíram para o acidente, procedimento chamado de Ação Inicial.

Ainda de acordo com a Cenipa, após os técnicos levantarem fotos, áudios, vídeos e diversos outros elementos necessários para esta primeira etapa da perícia, será iniciada a análise dos dados e só então será produzido um relátio final, que deve ajudar a esclarecer o acidente.

A Cenipa informou ainda que o objetivo da perícia também é prevenir que novos acidentes com as mesmas características ocorram.