ASA relembra título de 2000 na semana de seus 63 anos de existência

Por Redação com Ascom/Asa 22/09/2015 23h11
Por Redação com Ascom/Asa 22/09/2015 23h11
ASA relembra título de 2000 na semana de seus 63 anos de existência
Foto: Ascom/Asa
Esta é uma semana de grande importância para a Agremiação Sportiva Arapiraquense (ASA), pois na próxima sexta-feira (25), o Gigante estará completando 63 anos de existência, orgulho, glória e paixão.

Na última semana, o primeiro título da história alvinegra em seu primeiro ano de vivência foi relembrado por todos que compõe o clube. Uma história de bravura e galhardia que fez com que essas palavras fossem inclusas no hino do time arapiraquense.

Nesta terça-feira (22), o ASA relembra o título de 2000, aquele que foi decidido na capital Maceió e que teve como protagonista o volante Jaelson Marcelino como autor do gol que deu o título alagoano ao Gigante Arapiraquense após 47 anos de jejum.

A HISTÓRIA

Com jogos de ida e volta em um disputado “turnão”, as quatro melhores equipes eram brindadas com a disputa de um quadrangular final. Caso o campeão da primeira fase se repetisse, o título de campeão alagoano seria dado de forma direta a essa equipe. Felizmente isso não aconteceu naquele fatídico ano.

Com a melhor campanha do primeiro turno, o CSA já estava classificado para a final, mas brigava pelo título do quadrangular. Após uma combinação de resultados entre CRB e CSA, e ASA e Capela, os alvinegros avançaram e conseguiram a oportunidade de disputar a fase final.

O quadrangular daquele ano foi disputado por Corinthians Alagoano, CSA, ASA e Murici, sendo marcado pela inclusão de árbitros de fora do Estado de Alagoas para apitar os jogos, conforme afirmou o ex-presidente da equipe alvinegra, Luciano Machado.

“A arbitragem do primeiro jogo do quadrangular entre CSA e Corinthians-AL foi bastante confusa. O Corinthians vencia o CSA, mas o árbitro da ocasião começou a complicar e expulsou dois jogadores do time da Via Expressa de Maceió e a equipe do Mutange virou o jogo. Tememos pelos próximos jogos e foi a partir daí que optamos pela vinda da arbitragem de fora do Estado”, destacou o ex-presidente.

Por ter dois vencedores nas duas fases, o título seria disputado em mais três partidas. O CSA foi o melhor da primeira etapa e o ASA a seguinte, forçando os jogos extras.

“Por pouco não ficamos fora do quadrangular, porque na última rodada, tínhamos que vencer o Capela e torcer para que o jogo entre CRB e CSA terminasse empatado. Por sorte os resultados aconteceram e nos classificamos. No quadrangular final, jogávamos por um empate com eles em Maceió. Saímos atrás do marcador, mas o Jackson conseguiu empatar a partida em uma cobrança de falta quase do meio de campo, e graças a ele conseguimos o título da segunda fase”, confessou o ex-volante e hoje técnico da base alvinegra, Jaelson.

Por ter sido campeão do primeiro turno, o CSA entrava em campo com a vantagem de três empates para se sagrar pentacampeão do Campeonato Alagoano. No primeiro jogo, realizado em Arapiraca, o ASA entrou atônito e decepcionou a torcida alvinegra, perdendo a partida por 3 a 1.

Em clima de já ganhou, a diretoria do CSA já organizava festas em comemoração ao que poderia ser o quinto título consecutivo do time da capital.

Com a derrota dentro de casa, a torcida alvinegra não acreditava que o título de campeão alagoano poderia vir para Arapiraca naquele ano.

Ao contrário do que se imaginava, o ASA foi a Maceió e venceu a segunda partida pelo placar de 2 a 1, forçando o terceiro e último jogo, que também aconteceria no Estádio Rei Pelé. O presidente azulino ainda tentou transferir a partida para o campo do Mutange, mas a tentativa da diretoria foi em vão.

Vindo de provocações desde a primeira partida disputada em Arapiraca, o ASA foi ao Estádio Rei Pelé disputar a terceira e última partida da final do Campeonato Alagoano.

“Chegamos ao Rei Pelé e o estádio estava lotado. O torcedor do ASA também compareceu, mas em um número bem menor. No vestiário, o Quinho nos mostrou um CD que cantava o título do CSA em cima dos matutos. Depois que ouvimos aquilo, os olhos de todos os jogadores brilharam e o Quinho perguntou se deixaríamos aquilo acontecer. Entramos no jogo mordendo”, destacou o ex-volante.

A partida seguia de forma sufocante para ambos os times, a procura dentro de campo era incessante e seguia com cara de pentacampeonato para o CSA, pois jogava com a vantagem do empate naquela partida.

A equipe alvinegra não se deixou abalar pelas provocações e pelo jogo fora de casa, e em uma cobrança de escanteio, Marquinhos Girau bateu a bola na área, encontrando Jaelson livre para cabecear para o fundo das redes azulinas, aos 25 minutos do segundo tempo, consagrando como campeã a equipe do interior alagoano após 47 anos de espera.

“Enquanto a bola viajava, eu estranhava o porquê de não estar sendo marcado por ninguém. Parecia que nenhum adversário me via sozinho dentro da área. Naquele momento eu me lembrei do sonho que minha irmã teve dias antes do jogo, que dizia que eu marcaria o gol do título do ASA. A bola chegava e eu me pensava na minha irmã. Foi quando eu cabeceei e fiz o gol do título”, admitiu Jaelson.

O alvinegro entrou em campo com os seguintes jogadores: Messias, Róbson, Gesiel, Flávio, Márcio Gaia, Jaelson, Fuscão, Beto, Marquinhos, Régis, Clayton, Hélio, Serginho, Matheus, César, Jackson e Pêta.

O ASA era comandado pelo então treinador Paulo Roberto Guillard, falecido este ano, e tinha como seu presidente, o médico Luciano Machado, hoje, um dos presidentes de honra do clube alvinegro.