Inflação alta põe em risco aumento real de salários

Os reajustes salariais da maioria das categorias de trabalhadores brasileiros usam o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), como indicador para determinar o tamanho do aumento.
Porém, esse índice de inflação acumula alta de 9,88% nos últimos 12 meses e isso deverá se tornar um problema para o seu bolso em 2016. Não só quando você vai comprar comida e itens diversos no supermercado, mas também no seu salário.
Com a retração na economia, fica mais difícil conseguir um aumento real — um reajuste acima da inflação. Isso aparece no Salariômetro, ferramenta da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que mostra as negociações salariais de julho e agosto abaixo do INPC.
Em julho, a perda foi de 3,1%. Já no mês passado, houve uma defasagem de 2,1% entre a inflação e o reajuste médio das negociações.
Segundo Hélio Zylberstajn, coordenador do Salariômetro e professor da Faculdade de Economia da USP (Universidade de São Paulo), com o INPC muito próximo a 10% e o comportamento da economia, “é difícil que as empresas consigam oferecer esse reajuste”.
— Neste momento, o que vemos são reduções de jornada e de salário. Um exemplo disso é o PPE [Programa de Proteção ao Emprego], uma garantia de manutenção do emprego, mas que afeta a média do reajuste dos salários.
O diretor da escola de investimentos Leandro & Stormer, Alexandre Wolwacz, afirma que, como os empresários ainda estão muito pessimistas com relação à economia nos próximos meses, eles não devem oferecer reajustes maiores.
— A inflação alta já diminui o poder de compra do trabalhador. Com o reajuste salarial abaixo do INPC, os trabalhadores não estão conseguindo nem mesmo repor esse poder de compra perdido.
Futuro
Apesar de o momento parecer ruim para os trabalhadores, os especialistas consultados pelo R7 esperam uma recuperação a partir do primeiro trimestre de 2016. Isso porque a inflação deve recuar e as negociações salariais terão margem para um aumento real.
Zylberstajn afirma que a inflação média esperada para o ano que vem é de cerca de 6%, “com isso, melhora um pouco o poder de barganha dos trabalhadores”.
O cenário dos especialistas é mais otimista do que o da população. Segundo o estudo Retratos da Sociedade Brasileira divulgado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), o brasileiro não acredita numa solução para a crise no curto prazo.
Mais da metade (54%) dos entrevistados acha que a economia vai piorar nos próximos 12 meses e 19% que nada vai mudar.
Quando o assunto é padrão de vida, 42% dos entrevistados consideram que sua renda diminuiu, dos quais 22% consideram que diminuiu muito nos últimos 12 meses, enquanto outros 20% afirmam que diminuiu um pouco. Para 34%, seu poder de compra nos últimos 12 meses caiu muito e para outros 25% caiu um pouco.
A pesquisa ainda mostra que 29% dos entrevistados tiveram dificuldade para pagar o aluguel ou a prestação da casa própria nos últimos 12 meses. O porcentual é superior aos verificados em 2012 e 2013.
O levantamento ouviu mais de 2.000 pessoas de 141 municípios no período de 18 a 21 de julho sobre três questões: mercado de trabalho; renda e endividamento; e inflação e consumo.
Porém, esse índice de inflação acumula alta de 9,88% nos últimos 12 meses e isso deverá se tornar um problema para o seu bolso em 2016. Não só quando você vai comprar comida e itens diversos no supermercado, mas também no seu salário.
Com a retração na economia, fica mais difícil conseguir um aumento real — um reajuste acima da inflação. Isso aparece no Salariômetro, ferramenta da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que mostra as negociações salariais de julho e agosto abaixo do INPC.
Em julho, a perda foi de 3,1%. Já no mês passado, houve uma defasagem de 2,1% entre a inflação e o reajuste médio das negociações.
Segundo Hélio Zylberstajn, coordenador do Salariômetro e professor da Faculdade de Economia da USP (Universidade de São Paulo), com o INPC muito próximo a 10% e o comportamento da economia, “é difícil que as empresas consigam oferecer esse reajuste”.
— Neste momento, o que vemos são reduções de jornada e de salário. Um exemplo disso é o PPE [Programa de Proteção ao Emprego], uma garantia de manutenção do emprego, mas que afeta a média do reajuste dos salários.
O diretor da escola de investimentos Leandro & Stormer, Alexandre Wolwacz, afirma que, como os empresários ainda estão muito pessimistas com relação à economia nos próximos meses, eles não devem oferecer reajustes maiores.
— A inflação alta já diminui o poder de compra do trabalhador. Com o reajuste salarial abaixo do INPC, os trabalhadores não estão conseguindo nem mesmo repor esse poder de compra perdido.
Futuro
Apesar de o momento parecer ruim para os trabalhadores, os especialistas consultados pelo R7 esperam uma recuperação a partir do primeiro trimestre de 2016. Isso porque a inflação deve recuar e as negociações salariais terão margem para um aumento real.
Zylberstajn afirma que a inflação média esperada para o ano que vem é de cerca de 6%, “com isso, melhora um pouco o poder de barganha dos trabalhadores”.
O cenário dos especialistas é mais otimista do que o da população. Segundo o estudo Retratos da Sociedade Brasileira divulgado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), o brasileiro não acredita numa solução para a crise no curto prazo.
Mais da metade (54%) dos entrevistados acha que a economia vai piorar nos próximos 12 meses e 19% que nada vai mudar.
Quando o assunto é padrão de vida, 42% dos entrevistados consideram que sua renda diminuiu, dos quais 22% consideram que diminuiu muito nos últimos 12 meses, enquanto outros 20% afirmam que diminuiu um pouco. Para 34%, seu poder de compra nos últimos 12 meses caiu muito e para outros 25% caiu um pouco.
A pesquisa ainda mostra que 29% dos entrevistados tiveram dificuldade para pagar o aluguel ou a prestação da casa própria nos últimos 12 meses. O porcentual é superior aos verificados em 2012 e 2013.
O levantamento ouviu mais de 2.000 pessoas de 141 municípios no período de 18 a 21 de julho sobre três questões: mercado de trabalho; renda e endividamento; e inflação e consumo.
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