[VIDEO] MST e pescadores do Lago da Perucaba protestam pelas ruas de Arapiraca

Por Redação 15/09/2015 13h01
Por Redação 15/09/2015 13h01
[VIDEO] MST e pescadores do Lago da Perucaba protestam pelas ruas de Arapiraca
Foto: Virgínia Souza/ Portal Já é Notícia
Integrantes do Movimento dos Trabalhadoes Rurais Sem Terra (MST) e Via do Trabalho e Pescadores do Lago daPerucaba realizam protesto com faixas e carro de som pelas ruas de Arapiraca, na manhã desta terça-feira(15).

Ao chegar na Vara de Arapiraca da Justiça do Trabalho, os manifestantes bloquearam o trecho da Avenida Deputada Ceci Cunha, uma das principais do município. O grupo reivindicou esclarecimentos sobre um leilão que beneficia a especulação imobiliária, que segundo eles é duvidoso, e contra o despejo de várias famílias que estão acampadas há 13 anos na área onde funcionava a Estação de Pesquisa Agropecuária de Alagoas (Epeal), e está desativada há 15 anos.

Segundo eles, a área está ocupada pelos Sem Terra no intuito de transformá-la em uma Escola de Formação Agroecológica para os filhos e filhas dos pequenos agricultores assentados da Reforma Agrária, um projeto que já havia sido acordado com o Governo anterior e o Ministro da Educação.

Os manifestantes acrescentaram que a área havia sido penhorada para saldar dívidas trabalhistas dos antigos funcionários da Epeal e agora seria leiiloada sem conhecimento do Governo e do Estado. São 167 tarefas de terra foram leiloadas por R$5,2 milhões e arrematada por uma empresa imobiliária.

Em nota distribuída pelo grupo, eles exigem uma posição do estado. “Mais uma vez estamos nas ruas mobilizados para denunciar as constantes tentativas de suborno que a empresa imobiliária tem feito para que a área seja desocupada e exigimos a anulação do leilão pelo estado".
 

Manifestantes na Avenida Deputada Ceci Cunha (Foto: Virgínia Souza/ Portal Já é Notícia)
 


Durante a manifestação, o coordenador nacional do MST, José Roberto, ressaltou os seguintes objetivos do grupo:

O imediato pagamento dos direitos trabalhistas aos antigos funcionários da Epeal;

O assentamento das famílias acampadas há 13 anos;

Que a área seja destinada à construção da Escola de Agroecologia para formação dos agricultores camponeses;

Denunciar a ofensiva das imobiliárias que querem a remoção das famílias de pescadores da beira do Lago da Perucaba;

Solicitar a suspensão do despejo das famílias já assentadas pela Justiça Federal na Fazenda Angico, em Traipu.

Policiais do 3º Batalhão de Polícia Militar foram até o local, mas os manifestantes resolveram liberar a Avenida antes, no início desta tarde.