Gestores decidem hoje se fecham prefeituras para enfrentar crise

Por Redação com gazetaweb 11/09/2015 16h04
Por Redação com gazetaweb 11/09/2015 16h04
Gestores decidem hoje se fecham prefeituras para enfrentar crise
AMA cobra que governo federal corte despesas 'na própria carne' - Foto: Jonathas Maresia
O presidente da Associação dos Municípios Alagoanos, Marcelo Beltrão (PTB), cobrou, durante assembleia realizada na sede da entidade, na tarde desta sexta-feira (11), que o governo federal ‘corte despesas na própria carne e cumpra com o reajuste do Fundo de Participação dos Municípios’. Os gestores municipais compareceram 'em peso' à assembleia, que debate uma forma de enfrentamento da crise que atinge a grande maioria dos municípios brasileiros. Entre as propostas estão o fechamento de prefeituras durante determinados dias da semana, além da adoção de um sistema de rodízio em hospitais do interior.

De acordo com o presidente da AMA, cerca de 90% das prefeituras enfrentam problemas para administrar os recursos repassados pelo governo federal, já que, segundo os gestores, eles têm sido insuficientes. O presidente lembrou que o encontro desta sexta tem como objetivo alinhar uma alternativa com vistas à superação da crise.

“E preciso que o governo federal corte na sua própria carne e cumpra com sua palavra, sobretudo no que diz respeito ao reajuste dos repasses federais. Muitas cidades estão conseguindo honrar apenas com o pagamento do servidor, funcionando somente com prefeito e dois secretários. É imperativo que haja uma solução para este triste cenário”, analisou o presidente da AMA.

O levantamento da AMA aponta que, para o mês de setembro, a queda no repasse do governo federal para os municípios sofreu uma queda na ordem de 38%, em comparação com o mesmo período de 2014. Beltrão lembrou também que, apesar da queda, obstáculos como salários e gastos de custeio da máquina também tiveram de ser majorados, apesar da queda na arrecadação.

“A despesa tem que caber dentro da receita. Precisamos esquecer que há rivalidade política, em virtude da proximidade de novo período eleitoral”, emendou Beltrão.

'Já cortamos tudo'


Durante a assembleia, os prefeitos que se fazem presentes revelaram ao presidente da AMA que já reduziram todas as despesas possíveis, de modo que não mais poderiam promover mudanças, a fim de evitar prejuízos a áreas consideradas essenciais, como saúde e educação.

Entre as mudanças consideradas radicais estão o cancelamento de festas tradicionais, a exemplo dos festejos de emancipação política, além da exoneração de inúmeros servidores comissionados.