Benedito de Lira e Arthur Lira são indiciados por corrupção passiva

Por Redação com BOL 01/09/2015 17h05
Por Redação com BOL 01/09/2015 17h05
Benedito de Lira e Arthur Lira são indiciados por corrupção passiva
Foto: Divulgação/ Ilustração
O senador Benedito de Lira (PP-AL) e seu filho, Arthur Lira (PP-AL), presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, serão indiciados pela Polícia Federal por suspeita de prática do crime de corrupção passiva em um dos inquéritos da operação Lava Jato.

De acordo com informações da Folha de S.Paulo, o grupo de trabalho de delegados federais em atuação na Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras, entregou o relatório final da investigação sobre os dois congressistas ao Supremo Tribunal Federal na tarde de segunda-feira (31).

O relatório da Polícia Federal aponta que Arthur Lira e Benedito de Lira tiveram dívidas de campanhas eleitorais pagas pelo doleiro Alberto Yousef e receberam propinas por meio de doações eleitorais oficiais resultantes do esquema de corrupção na estatal.

Em delação premiada, Youssef apontou os congressistas como beneficiários do suborno pago por empresas fornecedoras da Petrobras. A PF diz no relatório que a colaboração premiada foi confirmada por outras provas testemunhais e documentais, algumas delas obtidas por meio do rastreamento de contas bancárias.

Ainda segundo a Folha, uma das principais provas obtidas pelos delegados é transferência de valores de uma das empresas de fachada de Youssef para a conta de um dos credores de dívida de campanha de Arthur Lira.

No relatório final, a PF apontou ao STF a responsabilidade criminal dos dois pela prática de corrupção passiva, o que na prática corresponde a um indiciamento nos processos de primeira instância. Agora o STF deverá encaminhar as conclusões da PF ao Ministério Público Federal, que decidirá pelo oferecimento de denúncia criminal contra os acusados ou pelo arquivamento do caso.

A defesa de Arthur e Benedito de Lira afirmou que só se manifestará sobre o relatório após ter acesso a ele, o que ainda não ocorreu.