Planalto e PMDB dizem que decisão de Eduardo Cunha é "pessoal"

Por Redação 18/07/2015 10h10
Por Redação 18/07/2015 10h10
Planalto e PMDB dizem que decisão de Eduardo Cunha é 'pessoal'
Foto: Pedro Ladeira/Folhapress
Após o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciar que rompeu com o governo e passará a fazer oposição, o Palácio do Planalto e o PMDB divulgaram notas sobre o assunto.

“As condições para um impeachment estão postas”, diz cientista político

Depois de ser acusado, em delação premiada nas investigações da Operação Lava Jato, de receber propina, Eduardo Cunha anunciou o rompimento com o governo. Ele disse que há uma conspiração entre o Palácio do Planalto e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para incriminá-lo na Operação Lava Jato."Saiba que o presidente da Câmara agora é oposição ao governo”, disse.

Tanto o Planalto quanto o PMDB definiram a decisão de Eduardo Cunha como "estritamente pessoal". Na nota do Planalto, o governo diz que espera imparcialidade nas ações do presidente da Câmara no Congresso. "O governo espera que esta posição não se reflita nas decisões e nas ações da Presidência da Câmara que devem ser pautados pela imparcialidade e pela impessoalidade".

O Planalto também respondeu à acusação de Cunha de conspirar com Janot para incriminá-lo na Operação Lava Jato. "O governo sempre teve e tem atuado com total isenção em relação às investigações realizadas pelas autoridades competentes".

Já o PMDB diz que uma mudança do posicionamento do partido só pode ser tomada comissão executiva nacional, conselho político e diretório nacional. Em outras palavras, continua no governo.