Seprev intensifica trabalho de combate às drogas em Alagoas
Se há um mal que mais ameaça a vida dos jovens do que o câncer e outras doenças, esse mal são as drogas. O vício, que leva ao tráfico, ao roubo e, consequentemente, à violência, é hoje uma das grandes preocupações mundiais, o que fez com que as Nações Unidas proclamassem o dia 26 de junho como Dia Internacional Contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas.
A data foi instaurada em 1987 e, quase três décadas depois, os números relacionados às prisões por tráfico e, principalmente, às mortes pela violência gerada pelo tráfico mostram que ainda é preciso muito na prevenção. Para o psicólogo Amilton Júnior, diretor de Recuperação da Secretaria de Prevenção Social à Violência (Seprev), informar os jovens é o melhor caminho.
"Muitas mães me procuram e perguntam: onde foi que eu errei? Mas não é um erro na educação, nem podemos falar que foi da família se ela é desestruturada ou possui uma condição de pobreza. O jovem tem uma escolha quando está frente a frente com a droga e a informação que ele possui faz a diferença", garante o psicólogo.
Durante a semana que antecede o Dia Mundial de Combate às Drogas, o tema vira assunto de sala de aula de muitas escolas. Convidado a ministrar algumas palestras, Amilton Júnior mostra os tipos de drogas, os efeitos e o mal que podem causar, além do vício, seja por problemas relacionados à saúde mental, como esquizofrenia, e até infertilidade. Um dos destaques da conversa é a maconha.
"Estima-se que 7% da população alagoana está no uso ativo da maconha. E os usuários de maconha são os mais difíceis de tratar, porque eles acreditam que não estão consumindo uma droga, mas estão e é a droga que mais causa doença mental como a esquizofrenia", explica Amilton Júnior.
O psicólogo lembra, também, que é importante esclarecer que drogas consideradas lícitas também causam dependência e fazem mal. É o caso do Potenay, um composto de vitaminas do complexo B e estimulantes de uso veterinário. O composto, que pode ser adquirido em lojas para animais, também virou alvo de pessoas que buscam tonificação muscular.
"A gente percebe que o uso do Potenay começou a crescer em Alagoas. A bula diz que devem ser aplicados cinco miligramas em cavalos, como estimulante. Mas eu soube de caso em que a pessoa usou 150 miligramas no corpo, um risco grande à saúde", contou.
Ajuda
"O uso das drogas pode levar à morte, mas tem tratamento e Alagoas é exemplo disso. Somos referência nacional no acolhimento de dependentes químicos". A declaração é de Amilton Junior e mostra um pouco do trabalho realizado pelos servidores da Seprev. Desde 2009, mais de 12 mil pessoas passaram pelo Centro de Acolhimento da Rede Acolhe, ligada à instituição.
No Centro de Acolhimento, os dependentes passam pela avaliação de uma equipe multiprofissional e depois são encaminhados às comunidades acolhedoras. Participam da Rede cerca de 30 instituições credenciadas e contratadas pelo Governo de Alagoas para garantir o acolhimento a quase mil dependentes químicos. O papel dessas instituições tem sido de grande importância na vida deles. A única exigência para receber ajuda é a decisão de querer ir para a comunidade. Lá, o dependente passa cerca de seis meses, recebendo o apoio de um psicólogo e de uma equipe preparada para realizar atividades terapêuticas com uma abordagem sócio-emocional.
Quem já passou por uma das comunidades diz que a experiência é válida e eficaz. A pessoa deixa o ambiente onde morava, onde havia a proximidade com as drogas, e assim começa um período longe do vício.
Há oito anos, o missionário Cícero dos Santos procurou a ajuda de uma destas instituições para se recuperar do vício das drogas. Ele conta que passou por muitas dificuldades, períodos difíceis de lidar com a abstinência, mas conseguiu se manter afastado das drogas. "Hoje tenho orgulho dentro de mim. Com minha recuperação fui espelho para meu pai, que era alcoólatra e também se livrou do vício. Sou um vencedor e estou aqui ajudando outras pessoas", afirma.
Cícero dos Santos hoje trabalha em uma comunidade acolhedora, orientando outros dependentes químicos. Ele é casado e tem dois filhos que também trabalham no projeto. "Depois que terminou o período em que tinha que ficar na instituição, por gratidão, eu dei minha vida para a comunidade, para resgatar outros jovens", diz orgulhoso.
Assim como ele, milhares de pessoas seguem longe das drogas, mas o psicólogo Amilton Junior alerta: "é necessário lembrar que o dependente está sempre em tratamento. Todo dia ele precisa ter forças para evitar voltar para as drogas".
O Centro de Acolhimento de Maceió funciona na Avenida Tomás Espíndola, 263, Farol. O número de lá é o 3315-1913. Arapiraca também recebeu recentemente um Centro de Acolhimento, durante as ações do Governo Presente, cuja inauguração marcou o início da regionalização das ações da Rede Acolhe. No Agreste, a localização é na rua Barão de Alagoas, 118, no bairro Alto do Cruzeiro. O número de lá é o 3539-8441.
Os moradores de Maceió, Arapiraca e de outros municípios do Estado podem ligar também para o 0800-280-9390. O serviço é gratuito.
A data foi instaurada em 1987 e, quase três décadas depois, os números relacionados às prisões por tráfico e, principalmente, às mortes pela violência gerada pelo tráfico mostram que ainda é preciso muito na prevenção. Para o psicólogo Amilton Júnior, diretor de Recuperação da Secretaria de Prevenção Social à Violência (Seprev), informar os jovens é o melhor caminho.
"Muitas mães me procuram e perguntam: onde foi que eu errei? Mas não é um erro na educação, nem podemos falar que foi da família se ela é desestruturada ou possui uma condição de pobreza. O jovem tem uma escolha quando está frente a frente com a droga e a informação que ele possui faz a diferença", garante o psicólogo.
Durante a semana que antecede o Dia Mundial de Combate às Drogas, o tema vira assunto de sala de aula de muitas escolas. Convidado a ministrar algumas palestras, Amilton Júnior mostra os tipos de drogas, os efeitos e o mal que podem causar, além do vício, seja por problemas relacionados à saúde mental, como esquizofrenia, e até infertilidade. Um dos destaques da conversa é a maconha.
"Estima-se que 7% da população alagoana está no uso ativo da maconha. E os usuários de maconha são os mais difíceis de tratar, porque eles acreditam que não estão consumindo uma droga, mas estão e é a droga que mais causa doença mental como a esquizofrenia", explica Amilton Júnior.
O psicólogo lembra, também, que é importante esclarecer que drogas consideradas lícitas também causam dependência e fazem mal. É o caso do Potenay, um composto de vitaminas do complexo B e estimulantes de uso veterinário. O composto, que pode ser adquirido em lojas para animais, também virou alvo de pessoas que buscam tonificação muscular.
"A gente percebe que o uso do Potenay começou a crescer em Alagoas. A bula diz que devem ser aplicados cinco miligramas em cavalos, como estimulante. Mas eu soube de caso em que a pessoa usou 150 miligramas no corpo, um risco grande à saúde", contou.
Ajuda
"O uso das drogas pode levar à morte, mas tem tratamento e Alagoas é exemplo disso. Somos referência nacional no acolhimento de dependentes químicos". A declaração é de Amilton Junior e mostra um pouco do trabalho realizado pelos servidores da Seprev. Desde 2009, mais de 12 mil pessoas passaram pelo Centro de Acolhimento da Rede Acolhe, ligada à instituição.
No Centro de Acolhimento, os dependentes passam pela avaliação de uma equipe multiprofissional e depois são encaminhados às comunidades acolhedoras. Participam da Rede cerca de 30 instituições credenciadas e contratadas pelo Governo de Alagoas para garantir o acolhimento a quase mil dependentes químicos. O papel dessas instituições tem sido de grande importância na vida deles. A única exigência para receber ajuda é a decisão de querer ir para a comunidade. Lá, o dependente passa cerca de seis meses, recebendo o apoio de um psicólogo e de uma equipe preparada para realizar atividades terapêuticas com uma abordagem sócio-emocional.
Quem já passou por uma das comunidades diz que a experiência é válida e eficaz. A pessoa deixa o ambiente onde morava, onde havia a proximidade com as drogas, e assim começa um período longe do vício.
Há oito anos, o missionário Cícero dos Santos procurou a ajuda de uma destas instituições para se recuperar do vício das drogas. Ele conta que passou por muitas dificuldades, períodos difíceis de lidar com a abstinência, mas conseguiu se manter afastado das drogas. "Hoje tenho orgulho dentro de mim. Com minha recuperação fui espelho para meu pai, que era alcoólatra e também se livrou do vício. Sou um vencedor e estou aqui ajudando outras pessoas", afirma.
Cícero dos Santos hoje trabalha em uma comunidade acolhedora, orientando outros dependentes químicos. Ele é casado e tem dois filhos que também trabalham no projeto. "Depois que terminou o período em que tinha que ficar na instituição, por gratidão, eu dei minha vida para a comunidade, para resgatar outros jovens", diz orgulhoso.
Assim como ele, milhares de pessoas seguem longe das drogas, mas o psicólogo Amilton Junior alerta: "é necessário lembrar que o dependente está sempre em tratamento. Todo dia ele precisa ter forças para evitar voltar para as drogas".
O Centro de Acolhimento de Maceió funciona na Avenida Tomás Espíndola, 263, Farol. O número de lá é o 3315-1913. Arapiraca também recebeu recentemente um Centro de Acolhimento, durante as ações do Governo Presente, cuja inauguração marcou o início da regionalização das ações da Rede Acolhe. No Agreste, a localização é na rua Barão de Alagoas, 118, no bairro Alto do Cruzeiro. O número de lá é o 3539-8441.
Os moradores de Maceió, Arapiraca e de outros municípios do Estado podem ligar também para o 0800-280-9390. O serviço é gratuito.
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