Graça Foster diz na CPI da Petrobras que Lava Jato fez bem à empresa
Em depoimento ontem (26) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras da Câmara dos Deputados, a ex-presidenta da estatal Graça Foster disse que os desdobramentos da Operação Lava Jato fazem bem à empresa. Ela acrescentou que as investigações estão mudando o país e representam uma lição "que não vai ser esquecida nunca mais".
"Não posso deixar de repetir aqui o bem que a Lava Jato está fazendo à Petrobras", ressaltou a ex-presidenta da petrolífera. Ela disse estar constrangida com casos de corrupção na Petrobras e por ter ido à CPI para tratar do assunto. Para ela, a corrupção começou fora da empresa. "Eu passo horas dos meus dias pensando no que aconteceu com a Petrobras."
Sobre as irregularidades na empresa, Graça ressaltou que “poderia ter todas as suspeitas”, mas que faltavam os fatos apurados. Assim como José Sergio Gabrielli, a quem sucedeu na presidência da Petrobras, ela disse não acreditar que houvesse corrupção institucionalizada na empres. Em mais de cinco horas de depoimento, Graça respondeu a perguntas relativas à compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, à construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e à participação da Petrobras nos projetos que envolvem a transportadora Gasene e a empresa Sete Brasil.
Para ela, aos “olhos de hoje”, a compra da Refinaria de Pasadena foi um erro. “Dizer que Pasadena é um mau negócio em 2014 e 2015 é fácil, mas a questão de Pasadena, lá atrás, de fazer investimentos necessários para aumentar a capacidade de refino, pareceu ser um negócio positivo”, afirmou.
Ao falar da Abreu e Lima, a ex-presidenta da Petrobras afirmou que o aumento do custo final da refinaria deveu-se à ausência de um projeto básico estruturado. Estimada em US$ 2,5 bilhões, a refinaria teve seu valor final orçado em US$ 18,5 bilhões, em razão de uma série de aditivos ao contrato. “Se você não tem projetos básicos de qualidade, você vai ter aditivos. Na Abreu e Lima, a questão principal foram as mudanças sucessivas no projeto. Até as características do petróleo que seria refinado ali mudaram durante o processo”, explicou.
Ao tratar do caso da SBM Offshore, Graça defendeu sua gestão e disse que mandou cancelar todos os contratos da Petrobras com a empresa holandesa assim que soube do pagamento de propinas a diretores da estatal.
Ela defendeu o projeto de estruturação da Gasene, uma sociedade para fins específicos aberta para construir um gasoduto entre o Espírito Santo e a Bahia, assim como o de estruturação da empresa Sete Brasil, responsável pela construção de 28 sondas de perfuração em águas ultraprofundas. No entanto, ela disse que ficou envergonhada ao descobrir que o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco recebeu propina na avaliação do projeto. “Tenho orgulho de ter participado disso, mas tenho vergonha também.”
Graça afirmou que a governança da empresa precisava ser melhor para poder ter detectado “o caos de corrupção” e lembrou que, assim que detectou malfeitos, criou a Diretoria de Governança e Compliance.
A ex-dirigente da Petrobras destacou que o valor contábil de R$ 88 bilhões referentes a perdas da estatal, que consta no balanço da empresa, apresentado ao Conselho de Administração em janeiro deste ano, não foi fruto somente de corrupção. Ela disse que o valor inclui “uma série de ineficiências” e as chuvas e “outros fatores” que não representam o número da corrupção.
Os próximos depoimentos marcados pela CPI são os do ex-gerente-geral da Refinaria Abreu e Lima Glauco Legatti, previsto para o 31 de março. Na semana seguinte, deve ser ouvido o novo diretor de Gás e Energia da companhia, Hugo Repsold.
"Não posso deixar de repetir aqui o bem que a Lava Jato está fazendo à Petrobras", ressaltou a ex-presidenta da petrolífera. Ela disse estar constrangida com casos de corrupção na Petrobras e por ter ido à CPI para tratar do assunto. Para ela, a corrupção começou fora da empresa. "Eu passo horas dos meus dias pensando no que aconteceu com a Petrobras."
Sobre as irregularidades na empresa, Graça ressaltou que “poderia ter todas as suspeitas”, mas que faltavam os fatos apurados. Assim como José Sergio Gabrielli, a quem sucedeu na presidência da Petrobras, ela disse não acreditar que houvesse corrupção institucionalizada na empres. Em mais de cinco horas de depoimento, Graça respondeu a perguntas relativas à compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, à construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e à participação da Petrobras nos projetos que envolvem a transportadora Gasene e a empresa Sete Brasil.
Para ela, aos “olhos de hoje”, a compra da Refinaria de Pasadena foi um erro. “Dizer que Pasadena é um mau negócio em 2014 e 2015 é fácil, mas a questão de Pasadena, lá atrás, de fazer investimentos necessários para aumentar a capacidade de refino, pareceu ser um negócio positivo”, afirmou.
Ao falar da Abreu e Lima, a ex-presidenta da Petrobras afirmou que o aumento do custo final da refinaria deveu-se à ausência de um projeto básico estruturado. Estimada em US$ 2,5 bilhões, a refinaria teve seu valor final orçado em US$ 18,5 bilhões, em razão de uma série de aditivos ao contrato. “Se você não tem projetos básicos de qualidade, você vai ter aditivos. Na Abreu e Lima, a questão principal foram as mudanças sucessivas no projeto. Até as características do petróleo que seria refinado ali mudaram durante o processo”, explicou.
Ao tratar do caso da SBM Offshore, Graça defendeu sua gestão e disse que mandou cancelar todos os contratos da Petrobras com a empresa holandesa assim que soube do pagamento de propinas a diretores da estatal.
Ela defendeu o projeto de estruturação da Gasene, uma sociedade para fins específicos aberta para construir um gasoduto entre o Espírito Santo e a Bahia, assim como o de estruturação da empresa Sete Brasil, responsável pela construção de 28 sondas de perfuração em águas ultraprofundas. No entanto, ela disse que ficou envergonhada ao descobrir que o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco recebeu propina na avaliação do projeto. “Tenho orgulho de ter participado disso, mas tenho vergonha também.”
Graça afirmou que a governança da empresa precisava ser melhor para poder ter detectado “o caos de corrupção” e lembrou que, assim que detectou malfeitos, criou a Diretoria de Governança e Compliance.
A ex-dirigente da Petrobras destacou que o valor contábil de R$ 88 bilhões referentes a perdas da estatal, que consta no balanço da empresa, apresentado ao Conselho de Administração em janeiro deste ano, não foi fruto somente de corrupção. Ela disse que o valor inclui “uma série de ineficiências” e as chuvas e “outros fatores” que não representam o número da corrupção.
Os próximos depoimentos marcados pela CPI são os do ex-gerente-geral da Refinaria Abreu e Lima Glauco Legatti, previsto para o 31 de março. Na semana seguinte, deve ser ouvido o novo diretor de Gás e Energia da companhia, Hugo Repsold.
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