Votar ou não no PT, eis a questão!

Por Redação - editorial 06/09/2014 08h08
Por Redação - editorial 06/09/2014 08h08
Votar ou não no PT, eis a questão!
Retrato das campanhas que não querem mais o PT no poder - Foto: Ilustração
A famosa frase "Ser ou não ser, eis a questão" vem da peça A tragédia de Hamlet, príncipe da Dinamarca, de William Shakespeare. Encontra-se no Ato III, Cena I e é frequentemente usada como um fundo filosófico profundo. Sem dúvida alguma, é uma das mais famosas frases da literatura mundial.

Distante da tragédia casuística retratada pelo famoso dramaturgo inglês, o Brasil vive momentos angustiantes quando o assunto é Política.

Na iminência de mais um pleito presidencialista, a nação (parte dela) entoa um grito quase ufanista de “Fora Dilma. Fora PT”.

Mas será mesmo que algum “sonhador” desse País votará confiante em Marina Silva (PSB) ou Aécio Neves (PSDB)? PSDB e PSB estão mesmo prontos para gerir essa nação com o equilíbrio necessário frente ao atual holocausto da corrupção?

É certo que precisamos evoluir politicamente. Conhecer o processo eletivo com menos superficialidade. Entender as garantias e deveres constitucionais. Esquecer a emoção e votar com um mínimo de paixão ou sonho vislumbrado.

O primeiro apontamento que devemos fazer é: “o Brasil é um País de corruptos no poder e não deixará de ser, seja com Dilma, com Marina Silva ou com quem quer que seja”.

Longe de sermos um País com gestores honestos e povo que realmente se abstenha da corrupção, o que temos pela frente é um “mar” de necessidades públicas, que precisam ser resolvidas o quanto antes. Saúde, que está desengrenada, pois oscila em função da quebra de hegemonia dos médicos brasileiros frente “a invasão cubana” proposta por Dilma, além é claro da insubsistência do SUS frente às reais necessidades brasileiras; Educação, que está longe de se firmar, haja vista a ineficiência das políticas públicas do setor e a influente resistência da população brasileira em aderir às proposições do sistema; Segurança, que necessita mais que o esforço dos Estados, como dever constitucional, para garantir aos brasileiros a tão sonhada garantia de ir e vir; Desenvolvimento Sustentável, respeito ao Meio Ambiente, combate pleno à miserabilidade, entre tantos outros.

Realizando uma análise histórica, considerando certos fatores, outra afirmação é plausível: “nenhum governo até hoje no Brasil deixou de ser alvo de acusações de improbidade ou corrupção, ou seja, não existe opções hoje no País (grupo, partido ou político) estranhos aos escândalos políticos de corrupção. Aécio Neves, por exemplo, estruturou um aeroporto nas terras de sua família; Marina vem passando perrengues com as acusações proferidas a seu marido e o caso dos R$ 44 milhões da Sudam; Dilma e o PT...".

Dentro desse contexto, ou seja, fora de uma análise que coloque em primeiro estafe os escândalos de corrupção, o que temos que analisar, dentro dos nomes propostos, é quem tem projetos que “tire o ouro, mas que dê o pão (sem a hipocrisia do circo) ao povo brasileiro”.

É aqui que defendemos o PT, de Lula e de Dilma, que mesmo imerso no mar de indolências políticas, mesmo repleto de favorecimentos ou assistencialismos políticos, foi o único, na história do Brasil a se preocupar de fato com a miséria, com o pleno emprego, com o combate sem restrições aos próprios escândalos que membros do partido se envolveram.

Nenhum outro partido ou político “que se preze”, teria tanta coragem de se chocar com os poderosos empresários, médicos, doleiros e mídia avassaladora frente à defesa dos pobres. Pode até parecer apologia ao crime, mas o que defendemos aqui é uma reflexão sobre quem nesse País um dia se preocupou de fato com a mesa do sertanejo, que na maior parte de sua vida passou fome e sede. Quem defenderia o negro, o branco, os homossexuais, os deficientes, os idosos? Quem se preocuparia de fato com combate às desigualdades sociais? Quem teria tanta desenvoltura para se chocar com os poderosos médicos brasileiros que têm até nojo dos pobres pacientes que atendiam pelo SUS (nós preferimos um cubano!)?

E olha que nem mencionamos os poderosos intelectuais da mídia, que não conseguem digerir o fato de um torneiro mecânico (Luiz Inácio Lula da Silva) não ter sido um desastre político em seus oito anos à frente do maior País da América Latina.

Equilíbrio Econômico, mesmo diante do recente retrocesso; moradia; pleno emprego; saúde, com a filosofia do Mais Médicos; combate a corrupção, mesmo com membros do partido envolvidos; Consolidação da Força Nacional de Segurança Pública; Bolsa Família; diversas universidades federais em locais antes inimagináveis; aversão às privatizações; desenvolvimento das parcerias público-privadas. Enfim, governar uma nação imersa na corrupção não é tarefa fácil quando o objetivo é equilibrar a justiça e dar condições do pão ao povo brasileiro.

Faça sua reflexão! O dia 5 de outubro está aí. E para você, o que é mais importante para o Brasil?