Defensoria Pública atende agressores e realiza mais de 400 atendimentos por ano

O defensor público e coordenador do Núcleo de Atendimento à Pessoa em Conflito de Violência Doméstica (NPVD) da Defensoria Pública do Estado de Alagoas, Fábio Passos de Abreu, apresentou, na tarde de hoje, ao defensor público-geral, Daniel Alcoforado, o relatório de atividades realizadas pelo núcleo, através do documento Análise e Resultados do NPVD/AL, Outubro de 2012 a Setembro de 2013.
O núcleo, que é uma ação pioneira no País, tem o objetivo de realizar atendimentos jurídico e psicossocial a homens e mulheres acusados de terem cometido algum tipo de agressão prevista na lei 11.340/2006, qualificada como violência doméstica. Conforme o defensor público, quatrocentas pessoas foram atendidas durante o período, sendo acompanhadas religiosamente por profissionais que integram o núcleo. Em um ano de núcleo, mais de sete mil atendimentos foram realizados.
“Em meio aos altos índices de violência contra a mulher acompanhados de uma enorme quantidade de ações judiciais tramitando no Poder Judiciário sobre o assunto, o Núcleo é apresentado como uma forma de combater esse quadro preocupante a partir de tratamento jurídico e psicossocial do agressor”, explicou o defensor, ressaltando que o NPVD é fruto de um convênio entre a Defensoria Pública do Estado de Alagoas e o
Ministério da Justiça.
Ainda segundo Fábio, a ação provoca uma reflexão ao suposto agressor sobre o fato de que está sendo acusado e o orienta sobre a melhor forma de se comportar, reinserindo-o nos diferentes grupos sociais, no ambiente familiar, no mercado de trabalho, na comunidade religiosa, vizinhos e colegas de profissão.
Para a realização do trabalho, uma equipe contendo psicóloga, assistente social, assessora jurídica, auxiliar administrativo, um coordenador e o defensor público atende aos acusados e encaminha para o tratamento adequado, que pode ser feito através atendimento coletivo, que abrange oficinas, palestras, dinâmicas de grupo e visitas, como também, atendimento individual. Todos os assistidos passam, individualmente, por cada profissional.
“Existe um preconceito muito grande quando o assunto é violência doméstica, mas o que temos em mente é que não existe um lado só e, sim, um problema a ser enfrentado conjuntamente. Quando a lei prevê que o agressor precisa de tratamento e a mulher de assistência é porque as políticas públicas precisam ser colocadas em prática, pois não se pode tratar a violência doméstica como uma única abordagem”, disse o defensor.
NÚMEROS
Conforme o relatório, mais de 54% dos agressores são solteiros, enquanto em média 46% são casados, divorciados/separados ou vivem em união estável. “Existe menos agressão entre pessoas que se envolveram em relacionamentos mais sérios. Aqueles que não assumiram compromissos, sendo somente namorados, por exemplo, somam a maioria dos agressores”, ressalta o defensor.
Ainda segundo o documento apresentado, no topo do ranking dos agressores estão inseridos aqueles na faixa etária de 31 a 40 anos, o segundo lugar fica entre 21 e 30 anos e seguindo a posição, entre 41 e 50 anos. A pesquisa também retrata que aproximadamente 75% das agressões ocorreram dentro de casa, 10,87% na rua, 9% das vítimas foram agredidas em outros lugares, como um bar ou ameaça feita por telefone e 5,43% na casa de parentes.
Além do mais, 47,42% foram vítimas de agressão corporal e 14,43% por ameaça. De acordo com o gráfico, 46,55% das vítimas eram esposas ou companheiras, 32,76% eram ex-mulheres, 4,14% as vítimas eram filhas ou enteadas e 3,79% eram mães ou avós.
“O trabalho com os homens se configura como um grande desafio na atualidade e acreditamos que o trabalho do núcleo é esta intervenção, que coloca o homem não só como problema, mas como parte da solução das questões da violência de gênero. Tanto, que nos últimos meses, percebemos que a situação dos usuários melhorou consideravelmente. E os resultados têm sido bastante satisfatórios, pois os índices de reincidência nos casos dos homens assistidos e tratados pelo núcleo é quase zero”, afirmou Fábio.
ATENDIMENTO
Os atendimentos individuais, tanto na área de psicologia e de assistência social, como jurídica são realizados na antiga sede da Defensoria Pública do Estado de Alagoas, no bairro Poço, durante o horário matutino, de segunda a sexta-feira.
O núcleo, que é uma ação pioneira no País, tem o objetivo de realizar atendimentos jurídico e psicossocial a homens e mulheres acusados de terem cometido algum tipo de agressão prevista na lei 11.340/2006, qualificada como violência doméstica. Conforme o defensor público, quatrocentas pessoas foram atendidas durante o período, sendo acompanhadas religiosamente por profissionais que integram o núcleo. Em um ano de núcleo, mais de sete mil atendimentos foram realizados.
“Em meio aos altos índices de violência contra a mulher acompanhados de uma enorme quantidade de ações judiciais tramitando no Poder Judiciário sobre o assunto, o Núcleo é apresentado como uma forma de combater esse quadro preocupante a partir de tratamento jurídico e psicossocial do agressor”, explicou o defensor, ressaltando que o NPVD é fruto de um convênio entre a Defensoria Pública do Estado de Alagoas e o
Ministério da Justiça.
Ainda segundo Fábio, a ação provoca uma reflexão ao suposto agressor sobre o fato de que está sendo acusado e o orienta sobre a melhor forma de se comportar, reinserindo-o nos diferentes grupos sociais, no ambiente familiar, no mercado de trabalho, na comunidade religiosa, vizinhos e colegas de profissão.
Para a realização do trabalho, uma equipe contendo psicóloga, assistente social, assessora jurídica, auxiliar administrativo, um coordenador e o defensor público atende aos acusados e encaminha para o tratamento adequado, que pode ser feito através atendimento coletivo, que abrange oficinas, palestras, dinâmicas de grupo e visitas, como também, atendimento individual. Todos os assistidos passam, individualmente, por cada profissional.
“Existe um preconceito muito grande quando o assunto é violência doméstica, mas o que temos em mente é que não existe um lado só e, sim, um problema a ser enfrentado conjuntamente. Quando a lei prevê que o agressor precisa de tratamento e a mulher de assistência é porque as políticas públicas precisam ser colocadas em prática, pois não se pode tratar a violência doméstica como uma única abordagem”, disse o defensor.
NÚMEROS
Conforme o relatório, mais de 54% dos agressores são solteiros, enquanto em média 46% são casados, divorciados/separados ou vivem em união estável. “Existe menos agressão entre pessoas que se envolveram em relacionamentos mais sérios. Aqueles que não assumiram compromissos, sendo somente namorados, por exemplo, somam a maioria dos agressores”, ressalta o defensor.
Ainda segundo o documento apresentado, no topo do ranking dos agressores estão inseridos aqueles na faixa etária de 31 a 40 anos, o segundo lugar fica entre 21 e 30 anos e seguindo a posição, entre 41 e 50 anos. A pesquisa também retrata que aproximadamente 75% das agressões ocorreram dentro de casa, 10,87% na rua, 9% das vítimas foram agredidas em outros lugares, como um bar ou ameaça feita por telefone e 5,43% na casa de parentes.
Além do mais, 47,42% foram vítimas de agressão corporal e 14,43% por ameaça. De acordo com o gráfico, 46,55% das vítimas eram esposas ou companheiras, 32,76% eram ex-mulheres, 4,14% as vítimas eram filhas ou enteadas e 3,79% eram mães ou avós.
“O trabalho com os homens se configura como um grande desafio na atualidade e acreditamos que o trabalho do núcleo é esta intervenção, que coloca o homem não só como problema, mas como parte da solução das questões da violência de gênero. Tanto, que nos últimos meses, percebemos que a situação dos usuários melhorou consideravelmente. E os resultados têm sido bastante satisfatórios, pois os índices de reincidência nos casos dos homens assistidos e tratados pelo núcleo é quase zero”, afirmou Fábio.
ATENDIMENTO
Os atendimentos individuais, tanto na área de psicologia e de assistência social, como jurídica são realizados na antiga sede da Defensoria Pública do Estado de Alagoas, no bairro Poço, durante o horário matutino, de segunda a sexta-feira.
Últimas Notícias

Esporte
Wimbledon: João Fonseca cai na 3ª rodada; Brasil segue nas duplas

Brasil / Mundo
Adolescente de 14 anos usa martelo para acertar pai que tentava matar mãe na Bahia

Arapiraca
Governo aprova pensão a 61 filhos separados de pais com hanseníase

Brasil / Mundo
Corpo de Juliana Marins é enterrado em Niterói

Saúde
Hospital do Coração Alagoano realiza, com sucesso, cirurgia de troca de válvula em paciente de apenas 40 anos
Vídeos mais vistos

Geral
Morte em churrascaria de Arapiraca

TV JÁ É
Ronaldo Lessa visita obras do Hospital Metropolitano em Arapiraca

TV JÁ É
Festa termina com jovem morta e dois feridos no Agreste alagoano

TV JÁ É
Homem que conduzia motocicleta pela contramão morre ao ter veículo atingido por carro, em Arapiraca

TV JÁ É