Point de gerações arapiraquenses, Bar do Paulo completa 40 anos
Quarenta anos. Essa seria a marca alcançada pelo saudoso Bar do Paulo, se estivesse ainda na ativa dando um ar autêntico às noites arapiraquenses.
A casa de esquina de número 357, onde se encontram as ruas Don Jonas Batingas e São Luiz, no bairro de Ouro Preto, foi o point durante décadas de escritores, militantes, músicos e jovens sonhadores, que conversavam sobre o novo cinema, a política efervescente, a música e a literatura mundiais e aqui o Brasil.
Entendendo a importância de sua contribuição à cultura local, a Prefeitura de Arapiraca resolveu homenagear diversos mestres e destaques do âmbito e Paulo Lourenço da Silva, de 81 anos, dono do famoso estabelecimento, recebeu honraria em cerimônia realizada em agosto último, no Museu Zezito Guedes.
Afora, no primeiro semestre deste ano, dos meses de março até o começo de junho, sob determinação da prefeita Célia Rocha (PTB), para coroar esta data de 40 anos do bar, foi realizado o projeto “DJ do Agreste” aliado ao Som do Mercado, que acontecia todas as quintas-feiras com performance de Paulo selecionando músicas de seu enorme acervo de vinis.
Nesta segunda-feira (16), o Bar do Paulo faria quatro décadas de existência se ainda funcionasse. O local agregou boa música, culinária apurada e o bom papo que todo empreendimento do tipo acarreta.
“Foram anos maravilhosos! Não posso passar um dia sem lembrá-los! Me emociono toda vez que rememoro as vezes que madruguei escolhendo canções para os muitos presentes, sempre tão dispostos a dar e receber. Era uma geração linda de pessoas que queriam viver seus sonhos... Foi algo muito bonito e intenso o que vivi aqui e agradeço a Arapiraca por ter me proporcionado essa saudade”, pontua Paulo, natural de Palmeira dos Índios.
O incentivador cultural, após temporada em São Paulo como garçom, voltou para Alagoas e se instalou no município, em 1973. No dia 16 de setembro daquele ano, iniciava-se a trajetória do Bar do Paulo, que recebeu figuras como Quinteto Violado, Alceu Valença, Hermeto Pascoal, Lobão, Murilo Rosa e tantos outros artistas e trupes alagoanos durante algumas de suas noites.
Com sua invejável coleção de LPs de jazz, blues, MPB e Rock, Paulo Lourenço da Silva brindou todos os seus clientes com o melhor do apanhado cancioneiro em uma época em que a ditadura censurava boa parte das obras que chegavam ao país. Caravanas da capital alagoana e do Recife vinham para Arapiraca, a fim de escutar músicas que eram proibidas naquelas localidades.
Diante da proposta musical, diversos empreendimentos foram abertos por conta da investida primeira de Paulo Lourenço, ao longo das décadas seguintes, como o Buraco’s, Kanteiro’s, On The Rocks, Ópera Bar, Botequim NaBaxa, Mystura Fyna e Echoes Music Bar.
“O Bar do Paulo era o que hoje a gente não encontra comumente num ambiente como este: era um local onde amigos partilhavam seus gostos e saberes, onde as experiências pessoais vinham à tona, ao som de uma trilha que só o Paulo, o nosso 'DJ do Agreste', conseguia embalar. O estabelecimento, decerto, foi um dos marcantes pontos da nossa cidade nesses últimos quarentas anos, posto que atualmente é evidenciado em trabalhos acadêmicos e documentários”, destaca a secretária Municipal de Cultura e Turismo (Sectur), Tânia Santos.
“O bar é a extensão da minha casa”, diz o incentivador cultural Paulo Lourenço, que fez a 'cabeça' de gerações arapiraquenses. O comércio fechou suas portas em 2011, por conta de problemas de saúde do proprietário que, devido à sua avançada idade, optou por não continuar, mas está sempre disposto a atender e conversar com os amigos de outrora.
A casa de esquina de número 357, onde se encontram as ruas Don Jonas Batingas e São Luiz, no bairro de Ouro Preto, foi o point durante décadas de escritores, militantes, músicos e jovens sonhadores, que conversavam sobre o novo cinema, a política efervescente, a música e a literatura mundiais e aqui o Brasil.
Entendendo a importância de sua contribuição à cultura local, a Prefeitura de Arapiraca resolveu homenagear diversos mestres e destaques do âmbito e Paulo Lourenço da Silva, de 81 anos, dono do famoso estabelecimento, recebeu honraria em cerimônia realizada em agosto último, no Museu Zezito Guedes.
Afora, no primeiro semestre deste ano, dos meses de março até o começo de junho, sob determinação da prefeita Célia Rocha (PTB), para coroar esta data de 40 anos do bar, foi realizado o projeto “DJ do Agreste” aliado ao Som do Mercado, que acontecia todas as quintas-feiras com performance de Paulo selecionando músicas de seu enorme acervo de vinis.
Nesta segunda-feira (16), o Bar do Paulo faria quatro décadas de existência se ainda funcionasse. O local agregou boa música, culinária apurada e o bom papo que todo empreendimento do tipo acarreta.
“Foram anos maravilhosos! Não posso passar um dia sem lembrá-los! Me emociono toda vez que rememoro as vezes que madruguei escolhendo canções para os muitos presentes, sempre tão dispostos a dar e receber. Era uma geração linda de pessoas que queriam viver seus sonhos... Foi algo muito bonito e intenso o que vivi aqui e agradeço a Arapiraca por ter me proporcionado essa saudade”, pontua Paulo, natural de Palmeira dos Índios.
O incentivador cultural, após temporada em São Paulo como garçom, voltou para Alagoas e se instalou no município, em 1973. No dia 16 de setembro daquele ano, iniciava-se a trajetória do Bar do Paulo, que recebeu figuras como Quinteto Violado, Alceu Valença, Hermeto Pascoal, Lobão, Murilo Rosa e tantos outros artistas e trupes alagoanos durante algumas de suas noites.
Com sua invejável coleção de LPs de jazz, blues, MPB e Rock, Paulo Lourenço da Silva brindou todos os seus clientes com o melhor do apanhado cancioneiro em uma época em que a ditadura censurava boa parte das obras que chegavam ao país. Caravanas da capital alagoana e do Recife vinham para Arapiraca, a fim de escutar músicas que eram proibidas naquelas localidades.
Diante da proposta musical, diversos empreendimentos foram abertos por conta da investida primeira de Paulo Lourenço, ao longo das décadas seguintes, como o Buraco’s, Kanteiro’s, On The Rocks, Ópera Bar, Botequim NaBaxa, Mystura Fyna e Echoes Music Bar.
“O Bar do Paulo era o que hoje a gente não encontra comumente num ambiente como este: era um local onde amigos partilhavam seus gostos e saberes, onde as experiências pessoais vinham à tona, ao som de uma trilha que só o Paulo, o nosso 'DJ do Agreste', conseguia embalar. O estabelecimento, decerto, foi um dos marcantes pontos da nossa cidade nesses últimos quarentas anos, posto que atualmente é evidenciado em trabalhos acadêmicos e documentários”, destaca a secretária Municipal de Cultura e Turismo (Sectur), Tânia Santos.
“O bar é a extensão da minha casa”, diz o incentivador cultural Paulo Lourenço, que fez a 'cabeça' de gerações arapiraquenses. O comércio fechou suas portas em 2011, por conta de problemas de saúde do proprietário que, devido à sua avançada idade, optou por não continuar, mas está sempre disposto a atender e conversar com os amigos de outrora.
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