Porta Preservativos elaborado pela Sesau vira modelo nacional

Por Assessoria 09/07/2013 21h09
Por Assessoria 09/07/2013 21h09
Porta Preservativos elaborado pela Sesau vira modelo nacional
Foto: Assessoria
Criado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), visando frear o avanço das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) em Alagoas, o Dispensador de Camisinhas tornou-se uma experiência exitosa durante o XXIX Congresso Nacional dos Secretários Municipais de Saúde. Por meio de um estande, montado pelo Governo do Estado, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, gestores de todo o Brasil enalteceram a ideia, e muitos revelaram a intenção de copiar o projeto.

Isso porque, assim como em Alagoas, o número de pessoas acometidas pelas DSTs tem crescido a cada ano, mesmo com as campanhas permanentes de conscientização, criadas e veiculadas pelo Ministério da Saúde (Sesau) e Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. No entanto, por meio do Dispensador de Preservativos, o acesso é facilitado, evitando, inclusive, a gravidez indesejada, que também representa outro problema social no País, principalmente entre as adolescentes, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Entre os interessados em copiar a experiência exitosa de Alagoas, estão secretários municipais e técnicos em saúde dos estados da Bahia, Pernambuco, Piauí, Paraná e Minas Gerais, segundo informou a coordenadora de eventos da Sesau, Nitinha Azevedo. Presente ao XXIX Congresso Nacional dos Secretários Municipais de Saúde, a coordenadora da Atenção Básica de Palmares (PE), Algemira Paes, parabenizou a iniciativa pioneira de Alagoas e ressaltou a criatividade dos técnicos que integram o Programa Estadual de DSTs e Aids.

“Uma iniciativa extremamente importante, muito atrativa e inteligente. Sem sombra de dúvidas ela cumpre o papel de facilitar o acesso dos preservativos aos usuários do SUS. Irei entrar em contato com os técnicos de Alagoas para levar a ideia até Palmares e implantar o Dispensador de Preservativos em nossas unidades básicas de saúde”, salientou a coordenadora da Atenção Básica do município pernambucano.

Para a secretária adjunta de Estado da Saúde, Sylvana Medeiros Törres, este projeto mostra o compromisso dos técnicos da Sesau com a saúde dos alagoanos. Isso porque, de acordo com a gestora, a iniciativa cumpre o papel de promover uma ação preventiva de saúde, que na maioria das vezes é encarada com tabu pela população.
“Muitas pessoas ainda têm resistência em utilizar o preservativo durante as relações sexuais. Em muitos casos, principalmente em se tratando dos homens, há preconceito quanto ao ato de ir aos postos de saúde para buscar o preservativo. Com o dispensador, no entanto, o acesso às camisinhas pode ocorrer, por exemplo, em bares e locais de grande circulação”, ressaltou a secretária adjunta de Estado da Saúde.

O projeto – Integrante do Projeto “Saúde Sempre à Mão”, que cria uma rede estadual de distribuição de preservativos em locais de livre acesso à população, o Dispensador de Preservativos foi concebido para estimular o uso da camisinha masculina. Isso porque, anteriormente, a distribuição de preservativos ocorria, apenas, para àqueles que possuíam cadastro e compareciam às unidades de saúde.

Na primeira etapa do projeto, que teve início no ano passado, foram distribuídos 80 dispensadores em Alagoas, que comportam 700 preservativos. Os primeiros a receberem os equipamentos foram as barracas localizadas na Orla Marítima de Cruz das Almas, na Praia do Trapiche, e algumas empresas privadas e órgãos estaduais. Ao todo, mensalmente são distribuídas 4.320 camisinhas em cada localidade.

Na primeira avaliação do projeto, realizada pela diretora Estadual de Vigilância Epidemiológica, Cleide Moreira, houve a constatação de um aumento na distribuição dos preservativos. Para se ter ideia, antes do lançamento da campanha, 375 mil preservativos eram distribuídos, mas o número aumentou para 860 mil nos primeiros dois meses após o lançamento do Saúde Sempre à Mão.

“Durante o lançamento do projeto, o Dispensador de Preservativos chamou a atenção porque possui informações essenciais, explicando como a camisinha deve ser usada e como é possível contrair DSTs e Aids. Da forma que as informações estão disponibilizadas, já que há indicações ilustrativas, qualquer pessoa pode entender o conteúdo, mesmo que não seja alfabetizada”, esclareceu Cleide Moreira.