Acidentes de trânsito crescem no Brasil

Dificuldade de enxergar e efeito colateral de medicações estão entre as principais causas. No frio o consumo de analgésicos e anti-histamínicos atrapalha o reflexo de motoristas
Nem o arrocho da lei seca fez os acidentes de trânsito declinar no Brasil. O seguro obrigatório, DPVAT, já indenizou mais de 124 mil brasileiros só no primeiro trimestre deste ano. Representa um crescimento de 28% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, perito em medicina do trânsito e membro da ABRAMET (Associação Brasileira de Medicina do Tráfego) pesquisas mostram que as falhas humanas estão por traz de 90% dos acidentes de trânsito, terceira maior causa de morte no Brasil.
Dificuldade de visualização, sonolência e falta de reflexo rápido são apontadas pelo médico como algumas das principais causas. Por isso ele estima que nos meses mais frios os acidentes de trânsito podem crescer ainda mais. Isso porque, nesta época do ano a população consome mais analgésicos para combater gripe e resfriado, além do usar anti-histamínicos para tratar doenças respiratórias. “As duas classes de medicamento diminuem o reflexo do motorista”, afirma. Por isso, quem precisa pegar estrada deve descansar mais na noite anterior.
Exame oftalmológico anual garante segurança
O médico diz que segundo levantamento do DENATRAN (Departamento Nacional do Trânsito) no Brasil 30,5 milhões dos motoristas tem idade entre 18 e 55 anos e 4,5 milhões mais de 55 anos. O problema é que a maioria só faz exame oftalmológico quando vai renovar a carta, a cada 5 anos. Segundo o médico, o grau dos óculos pode variar até 40 anos em um tempo bem menor. Isso, sem falar, que a partir dessa idade todos passam a precisar de óculos de leitura por causa da presbiopia ou vista cansada que diminui a visão de perto.
”É também nessa idade que podem surgir doenças como o glaucoma, que geralmente está relacionado ao aumento da pressão intraocular”, comenta. A partir dos 55 anos pode surgir a catarata, opacificação do cristalino que inicialmente reduz a visão de contraste até a total perda da visão que é recuperada com o implante de uma lente no olho. Para um grupo menor de pessoas pode surgir a degeneração macular em que as células da parte central da retina morrem, levando à perda irreparável da visão. Por isso, a recomendação é fazer exames oftalmológicos anuais para garantir a boa visão e segurança no trânsito.
Mistura perigosa
Mais da metade dos brasileiros com idade acima de 65 anos mistura diariamente, pelo menos, cinco medicamentos. Queiroz Neto recomenda sempre relatar a um especialista as medicações indicadas por outro médico e os hábitos no dia a dia. Pode ser que isso faça o médico alterar a dosagem ou o tipo de medicação, explica. Por exemplo, ressalta, uma pessoa que toma aspirina para doença cardíaca deve evitar anti-inflamatórios não hormonais porque esta combinação aumenta o risco de hemorragia. Outra combinação perigosa é remédio para hipertensão e corticoide. Isso porque o corticoide pode cortar o efeito do anti-hipertensivo.
No trânsito ele chama a atenção para a mistura de analgésico com ansiolítico. Só para se ter uma ideia, um comprimido de ansiolítico pode induzir a uma concentração de álcool no sangue de 10 miligramas/litro, contra a concentração de 0,05% miligramas/litro permitidos na nossa legislação. Considerando que analgésicos podem aumentar a sonolência esta mistura pode ser desastrosa.
As principais recomendações do médico para motoristas que precisam tomar várias medicações são:
- Tome toda medicação de acordo com a indicação de seu médico.
- Informe cada médico sobre os medicamentos em uso.
- Não misture medicamentos sem antes consultar um especialista.
- Sempre pergunte se há restrições para dirigir.
Nem o arrocho da lei seca fez os acidentes de trânsito declinar no Brasil. O seguro obrigatório, DPVAT, já indenizou mais de 124 mil brasileiros só no primeiro trimestre deste ano. Representa um crescimento de 28% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, perito em medicina do trânsito e membro da ABRAMET (Associação Brasileira de Medicina do Tráfego) pesquisas mostram que as falhas humanas estão por traz de 90% dos acidentes de trânsito, terceira maior causa de morte no Brasil.
Dificuldade de visualização, sonolência e falta de reflexo rápido são apontadas pelo médico como algumas das principais causas. Por isso ele estima que nos meses mais frios os acidentes de trânsito podem crescer ainda mais. Isso porque, nesta época do ano a população consome mais analgésicos para combater gripe e resfriado, além do usar anti-histamínicos para tratar doenças respiratórias. “As duas classes de medicamento diminuem o reflexo do motorista”, afirma. Por isso, quem precisa pegar estrada deve descansar mais na noite anterior.
Exame oftalmológico anual garante segurança
O médico diz que segundo levantamento do DENATRAN (Departamento Nacional do Trânsito) no Brasil 30,5 milhões dos motoristas tem idade entre 18 e 55 anos e 4,5 milhões mais de 55 anos. O problema é que a maioria só faz exame oftalmológico quando vai renovar a carta, a cada 5 anos. Segundo o médico, o grau dos óculos pode variar até 40 anos em um tempo bem menor. Isso, sem falar, que a partir dessa idade todos passam a precisar de óculos de leitura por causa da presbiopia ou vista cansada que diminui a visão de perto.
”É também nessa idade que podem surgir doenças como o glaucoma, que geralmente está relacionado ao aumento da pressão intraocular”, comenta. A partir dos 55 anos pode surgir a catarata, opacificação do cristalino que inicialmente reduz a visão de contraste até a total perda da visão que é recuperada com o implante de uma lente no olho. Para um grupo menor de pessoas pode surgir a degeneração macular em que as células da parte central da retina morrem, levando à perda irreparável da visão. Por isso, a recomendação é fazer exames oftalmológicos anuais para garantir a boa visão e segurança no trânsito.
Mistura perigosa
Mais da metade dos brasileiros com idade acima de 65 anos mistura diariamente, pelo menos, cinco medicamentos. Queiroz Neto recomenda sempre relatar a um especialista as medicações indicadas por outro médico e os hábitos no dia a dia. Pode ser que isso faça o médico alterar a dosagem ou o tipo de medicação, explica. Por exemplo, ressalta, uma pessoa que toma aspirina para doença cardíaca deve evitar anti-inflamatórios não hormonais porque esta combinação aumenta o risco de hemorragia. Outra combinação perigosa é remédio para hipertensão e corticoide. Isso porque o corticoide pode cortar o efeito do anti-hipertensivo.
No trânsito ele chama a atenção para a mistura de analgésico com ansiolítico. Só para se ter uma ideia, um comprimido de ansiolítico pode induzir a uma concentração de álcool no sangue de 10 miligramas/litro, contra a concentração de 0,05% miligramas/litro permitidos na nossa legislação. Considerando que analgésicos podem aumentar a sonolência esta mistura pode ser desastrosa.
As principais recomendações do médico para motoristas que precisam tomar várias medicações são:
- Tome toda medicação de acordo com a indicação de seu médico.
- Informe cada médico sobre os medicamentos em uso.
- Não misture medicamentos sem antes consultar um especialista.
- Sempre pergunte se há restrições para dirigir.
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