Isolamento no meio jurídico de Barbosa completa seis meses

Por Redação 26/05/2013 12h12
Por Redação 26/05/2013 12h12
Isolamento no meio jurídico de Barbosa completa seis meses
Após seis meses como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Joaquim Barbosa colecionou intrigas e momentos desconfortáveis com advogados e juízes de todo o Brasil e isolou a Suprema Corte brasileira do diálogo com os demais membros do Poder Judiciário. A insatisfação de advogados e juízes com Barbosa é tão grande que muitos já esperam ansiosamente que o ministro Ricardo Lewandowski, hoje vice-presidente, assuma o lugar de Barbosa o quanto antes. Porém todos terão que aguardar mais 1 ano e 7 meses de Barbosa no cargo.
Segundo juíes e advogados, o ministro do Supremo tem se negado a conversar com essas categorias para buscar soluções dos problemas do Poder Judiciário brasileiro como a lentidão processual, por exemplo. Além disso, as declarações públicas criticando o Judiciário brasileiro intensificaram um sentimento de mal-estar. Na semana passada, Barbosa disse que “a maioria dos advogados acorda lá pelas 11 horas da manhã” durante uma sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que discutia eventuais mudanças no atendimento aos advogados do Tribunal de Justiça de São Paulo, causando uma polêmica nacional.
Em março, Barbosa já havia criado uma outra polêmica ao afirmar que há “conluio” entre juízes e advogados. 
Barbosa afirma que cada declaração dessa foi “mal interpretada” e que isso reflete um sentimento de perseguição de todo o Poder Judiciário. Advogados e membros de entidades como a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), por exemplo, se defendem afirmando que é possível acabar com essa espécie de "guerra fria" da Justiça brasileira. Mas isso depende, fundamentalmente, do temperamento do presidente do Supremo. 
O assunto também repercutiu em Alagoas. O presidente da OAB-AL, Thiago Bonfim, fez críticas às declarações de Barbosa, afirmando que o presidente do Supremo fez uma piada de mal gosto e fora de hora e que é despreparado emocionalmente para o cargo que ocupa.