Dólar fecha R$ 4,12, maior patamar em quase 1 ano

Por G1 23/08/2019 21h09 - Atualizado em 24/08/2019 01h01
Por G1 23/08/2019 21h09 Atualizado em 24/08/2019 01h01
Dólar fecha R$ 4,12, maior patamar em quase 1 ano
Foto: Reprodução
O dólar fechou em forte alta em relação ao real nesta sexta-feira (23), impactado pelo cenário externo arisco e por ruídos em torno da reforma da Previdência.

A moeda norte-americana terminou a sessão em alta de 1,13%, vendida a R$ 4,1250, no maior valor desde 19 de setembro do ano passado, quando fechou em R$ 4,1267. Veja mais cotações. Na máxima do dia, a cotação chegou a R$ 4,1315.

No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 1,22%, a R$ 4,0789.

Já a Bovespa recuou 2,34%, a 97.667 pontos, e foi ao menor patamar desde 17 de junho (97.623 pontos).

Nesta sexta-feira, a guerra comercial entre EUA e China subiu de patamar. A China anunciou que vai implementar tarifas extras sobre US$ 75 bilhões em produtos importados norte-americanos. Trump disse que vai responder ainda nesta tarde às novas tarifas anunciadas pela China.

Mais cedo, o dólar chegou a operar em queda depois do discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, segundo o qual o banco central dos EUA vai "agir conforme apropriado" para apoiar a economia, o que elevou expectativas de novos cortes de juros. Na esteira dos comentários, a moeda americana foi à mínima da sessão, de R$ 4,0513.

Nesta sexta-feira, os juros futuros dos EUA indicavam que operadores veem quase 100% de chance de o Fed cortar juros em 0,25 ponto percentual em setembro, ante chance de 90% de chance na quinta-feira, de acordo com a ferramenta Fedwatch do CME Group.

Mas, na sequência, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse, em tom de ameaça, que até o fim da tarde anunciaria resposta às tarifas chinesas, reavivando temores de uma intensificação do embate comercial entre as duas maiores economias do mundo, que tem prejudicado a demanda por ativos de risco e elevado receios de recessão.

Como resultado, o dólar acelerou os ganhos frente a moedas emergentes e aprofundou as quedas contra divisas consideradas refúgio, sobretudo iene e franco suíço, segundo a Reuters.