População de Pão de Açúcar enfrenta problemas com animais soltos pelas ruas

Por Redação com Gazetaweb.com 15/07/2019 15h03 - Atualizado em 15/07/2019 18h06
Por Redação com Gazetaweb.com 15/07/2019 15h03 Atualizado em 15/07/2019 18h06
População de Pão de Açúcar enfrenta problemas com animais soltos pelas ruas
Cachorros vivem soltos em grupos pelas ruas da cidade sertaneja - Foto: Reprodução/WhatsApp/Gazetaweb
Moradores da cidade de Pão de Açúcar, no Sertão de Alagoas, têm enfrentado problemas com uma grande quantidade de cães e gatos que vivem pelas ruas da cidade. Nem mesmo a recomendação do Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL), publicada em março passado, para que a Secretaria Municipal de Saúde execute "programa de manejo ético populacional" dos animais, tem resolvido a questão. Nesta segunda-feira (15), os bichos circulavam livremente e em grupos pela área central da localidade.

"Temos plena consciência de que alguma coisa precisa ser feita. Como estou tomando pé (sic) da situação [está no cargo há uma semana], vou me reunir com a promotoria, para dar andamento às ações que precisam ser executadas", declarou Elis Correia, secretária de Saúde do município.

De acordo com ela, após o pedido da Promotoria de Justiça de Pão de Açúcar, a prefeitura promoveu a vacinação dos cães e gatos e, em um segundo momento, deve iniciar a castração de animais, conforme recomendação da promotora Martha Bueno. Ela havia determinado, no último mês de março, que, no mínimo, 10% da população de animais que vivem nas ruas ou que pertençam a famílias de baixa renda, passem pelo processo de esterilização permanente.

A promotora proibiu, entretanto, que a prefeitura exterminasse animais como forma de controlar a população de cães e gatos pelas ruas. Apesar da recomendação, a pasta da Saúde ainda busca meios para reduzir o problema, devido à falta de abrigo público ou mesmo de um Centro de Controle de Zoonoses no município.

Moradores da localidade, a exemplo da cuidadora de animais Lucivânia dos Santos Santana, a Naninha, e o comunicador Fagno Pinto têm cobrado da prefeitura ações efetivas para a solução do problema. Ela que, mesmo desempregada, se esforça para cuidar de cachorros de rua e, principalmente, de gatos, disse sentir muito tristeza em ver os bichos passando por agressões, provocadas por outros cidadãos, sem que possa fazer algo a mais. Ele, por sua vez, destacou que os cães andam sempre em grupos, inclusive com "líderes das gangues", que têm se tornado cada vez mais uma ameaça para as pessoas que circulam pelas ruas.

Seja na porta da Câmara de Vereadores, nas calçadas de agências bancárias ou mesmo na porta de casas da área central, os cães são sempre vistos em bando recolhidos à noite para dormir ou durante o dia em circulação pelas ruas à procura de comida.

No ano passado, a cidade de Pão de Açúcar fez parte dos municípios onde foram registrados casos de leishmaniose visceral, também conhecida como calazar, doença tropical provocada pelo cachorro e que pode levar à morte. Em 2017, Alagoas registrou epidemia com mais de 70 casos e sete mortes reconhecidas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), que na ocasião anunciou que aproximadamente 900 cães seriam sacrificados por estarem com o parasita transmissor da doença.