Operação “Echo”: dois morrem em confronto com a polícia e mais de 10 suspeitos são presos

Por Redação com Assessoria 18/06/2019 08h08 - Atualizado em 18/06/2019 13h01
Por Redação com Assessoria 18/06/2019 08h08 Atualizado em 18/06/2019 13h01
Operação “Echo”: dois morrem em confronto com a polícia e mais de 10 suspeitos são presos
Foto: Junior da Silva/ Portal Já é Notícia
Uma operação , batizada de "Echo", acontece desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (18), já resultou na morte de dois suspeitos e mais de trinta foram presos. A ação foi deflagrada em Maceió, e também nas cidades de Arapiraca, Delmiro Gouveia, Coruripe, interior de Alagoas, além de Águas Belas, Iati e Garanhuns, em Pernambuco.

De acordo com as primeiras informações, os dois mortos reagiram à prisão e entraram em confronto com a guarnição. Um deles, identificado como “Loirinho da Primavera”, foi morto em Arapiraca e o outro no município de Penedo. Ambos foram socorridos, mas faleceram a caminho do hospital. A operação está toda concentrada na Delegacia Regional de Arapiraca, que está fechada para a imprensa, até o momento.

A Echo é resultado de um trabalho investigativo que durou cinco meses. Neste período, tanto o Gaeco e a 11ª Promotoria de Arapiraca, após a instauração de um procedimento investigatório criminal (PIC), quanto a Polícia Civil de Arapiraca, com um inquérito policial, apuraram a prática de ilícitos cometidos por criminosos que falsificavam documentos de carros, adulteravam chassis e comercializam esses veículos no mercado ilegal de AL e PE. Tais condutas fraudulentas ocorriam com maior intensidade em Arapiraca, onde aconteceu a maior parte das prisões.

Com base na apuração das duas instituições, foram expedidos 34 mandados de prisão, com todos os alvos sendo de Alagoas. Já os mandados de busca e apreensão totalizam 101, com 85 medidas cautelares sendo cumpridas em quatro cidades aqui do estado, e outras 16 em Pernambuco, nos municípios de Águas Belas, Iati e Garanhuns. Inclusive, alguns dos alvos pernambucanos são suspeitos de receber os carros para a realização das adulterações de chassis e para a falsificação dos certificados de registro e licenciamento do veículo (CLRV) e daquela sequência de números que fica grava nos vidros.


Os mandados judiciais foram expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital.

"Essa orcrim tinha acesso a algumas ciretrans no interior de Alagoas (Circunscrição Regional de Trânsito) e, dentro delas, conseguiam desviar o papel moeda que serve de base para a confecção dos documentos de carro. Então, de posse disso, os bandidos cometiam o crime de falsidade ideológica, produzindo o CLRV falso para, depois, vender os veículos furtados ou roubados com um novo documento, só que já falsificado. Nesse mesmo certificado também já constava o número adulterado do chassis", explicou o promotor de justiça Hamílton Carneiro, integrante do Gaeco.

"É uma organização criminosa que já vem atuando em Alagoas há bastante tempo e, agora, com essa integração entre o Gaeco, a promotoria local, e todos as forças de segurança pública especializadas, está sendo possível desarticular o bando de uma forma mais completa. Fica também o nosso agradecimento ao Detran/AL, que fará as inspeções veiculares para comprovar as fraudes, e ao Gaeco de Pernambuco, que nos ajudou no aspecto processual dos mandados de busca e apreensão", acrescentou ele.