Livro erótico é lançado de forma artesanal por poeta arapiraquense
Como driblar o mercado editorial e se tornar um escritor ou uma escritora? Lançando, você mesmo, o seu próprio livro.
Há muitos escritores que deixam seus “originais” guardados na gaveta por muito tempo, sem que eles vejam a luz e sejam vistos.
Foi pensando neste percurso ao contrário que o professor Daniel Alves dos Santos, que é historiador e poeta atendido também pela alcunha de “Zé de Quinô”, resolveu embarcar em uma experiência sensorial com a palavra.
E nesta quinta-feira (21), no Vinil Coffee Bar – situado na Rua Alan Kardec, bairro Santa Esmeralda –, ele vai lançar o seu livro “Versos Profanos”, só para maiores de 18 anos de idade. O conteúdo tem rimas eróticas que expõem toda a carne dos sentidos e das relações humanas na mesma mesa de corte.
A obra foi feita toda ela por Zé de Quinô, desde a concepção literária até a diagramação, desde a impressão até a capa.
O livro foi de fato confeccionado de forma artesanal, com o artista botando a “mão na massa”. Tocando a palavra. Gentilmente ou com certa rispidez sensual.
“Eu não queria publicar nada impresso que não fossem os meus cordéis. Mas a ideia me surgiu depois do convite do artista plástico Albério Carvalho. Em sua exposição “Pôr Na Grafia”, ele iria colocar quadros com a temática erótica e pediu para alguns autores da terra fazerem poesias, contos e o que mais surgisse na mesma pegada. Foi então que escrevi cerca de 180 versos, muito bem aceitos pelo público no dia. Aí isso me serviu de incentivo para continuar produzindo”, diz.
Segundo ele, todos os poemas já estavam prontos – Quinô só não sabia que estavam. “Quando percebi, as palavras foram chegando, chegando, até que havia mais de 50 poemas numa mesma linha temática”, conta.
O próximo passo foi pensar na materialização do livro impresso. Havia a opção de tentar uma editora independente e por demanda. Ou ainda abrir mão do registro burocrático e fazê-lo através de uma gráfica.
“Mas vendo que já existe no Brasil uma gama de editoras artesanais, que produzem livros de forma manual, imprimindo e encapando em casa, alguns escritos até a mão… outras usando papelão para as capas, as cartoneiras… isto me deu um norte. Resolvi fazer o livro à mão, com o auxílio de alguns recursos digitais como a digitação e a impressão, mas a montagem e capa feitas por mim mesmo. Pesquisei algumas encadernadoras de lombadas quadradas feitas de madeira ou metal e, dessa forma, resolvi montar uma dessas e mãos à obra!”, exclama o professor, empolgado com o resultado, que conta com ficha catalográfica e tudo.
E complementa: “Ah, e o fazer manual nos dá a sensação de nos vermos naquilo que fazemos. Isso é o contrário do processo de alienação da produção mercadológica; é arretado!”.
No lançamento, haverá banca de vendas, recitações e momento de autógrafos, além da presença do Sebo Arapiraca e um palco aberto para os músicos locais. A entrada será gratuita.
OUTROS TRABALHOS
No fim do ano passado, Zé de Quinô ministrou o “Minicurso de Confecção e História de Cordel”, realizado gratuitamente no Sesc Arapiraca, sendo ele próprio um incentivador cultural e cronista do nosso tempo e do nosso povo, com diversos folhetos de cordel publicados.
Atualmente, Daniel faz mestrado sobre a relação do plantio de fumo e a nossa cidade, demarcando terreno para as possibilidades socioculturais e urbanísticas desde então, sendo um ávido defensor da periferia.
Há muitos escritores que deixam seus “originais” guardados na gaveta por muito tempo, sem que eles vejam a luz e sejam vistos.
Foi pensando neste percurso ao contrário que o professor Daniel Alves dos Santos, que é historiador e poeta atendido também pela alcunha de “Zé de Quinô”, resolveu embarcar em uma experiência sensorial com a palavra.
E nesta quinta-feira (21), no Vinil Coffee Bar – situado na Rua Alan Kardec, bairro Santa Esmeralda –, ele vai lançar o seu livro “Versos Profanos”, só para maiores de 18 anos de idade. O conteúdo tem rimas eróticas que expõem toda a carne dos sentidos e das relações humanas na mesma mesa de corte.
A obra foi feita toda ela por Zé de Quinô, desde a concepção literária até a diagramação, desde a impressão até a capa.
O livro foi de fato confeccionado de forma artesanal, com o artista botando a “mão na massa”. Tocando a palavra. Gentilmente ou com certa rispidez sensual.
“Eu não queria publicar nada impresso que não fossem os meus cordéis. Mas a ideia me surgiu depois do convite do artista plástico Albério Carvalho. Em sua exposição “Pôr Na Grafia”, ele iria colocar quadros com a temática erótica e pediu para alguns autores da terra fazerem poesias, contos e o que mais surgisse na mesma pegada. Foi então que escrevi cerca de 180 versos, muito bem aceitos pelo público no dia. Aí isso me serviu de incentivo para continuar produzindo”, diz.
Segundo ele, todos os poemas já estavam prontos – Quinô só não sabia que estavam. “Quando percebi, as palavras foram chegando, chegando, até que havia mais de 50 poemas numa mesma linha temática”, conta.
O próximo passo foi pensar na materialização do livro impresso. Havia a opção de tentar uma editora independente e por demanda. Ou ainda abrir mão do registro burocrático e fazê-lo através de uma gráfica.
“Mas vendo que já existe no Brasil uma gama de editoras artesanais, que produzem livros de forma manual, imprimindo e encapando em casa, alguns escritos até a mão… outras usando papelão para as capas, as cartoneiras… isto me deu um norte. Resolvi fazer o livro à mão, com o auxílio de alguns recursos digitais como a digitação e a impressão, mas a montagem e capa feitas por mim mesmo. Pesquisei algumas encadernadoras de lombadas quadradas feitas de madeira ou metal e, dessa forma, resolvi montar uma dessas e mãos à obra!”, exclama o professor, empolgado com o resultado, que conta com ficha catalográfica e tudo.
E complementa: “Ah, e o fazer manual nos dá a sensação de nos vermos naquilo que fazemos. Isso é o contrário do processo de alienação da produção mercadológica; é arretado!”.
No lançamento, haverá banca de vendas, recitações e momento de autógrafos, além da presença do Sebo Arapiraca e um palco aberto para os músicos locais. A entrada será gratuita.
OUTROS TRABALHOS
No fim do ano passado, Zé de Quinô ministrou o “Minicurso de Confecção e História de Cordel”, realizado gratuitamente no Sesc Arapiraca, sendo ele próprio um incentivador cultural e cronista do nosso tempo e do nosso povo, com diversos folhetos de cordel publicados.
Atualmente, Daniel faz mestrado sobre a relação do plantio de fumo e a nossa cidade, demarcando terreno para as possibilidades socioculturais e urbanísticas desde então, sendo um ávido defensor da periferia.
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