Professores e funcionários voltam à escola alvo de massacre em Suzano

Por Agência Brasil 19/03/2019 09h09 - Atualizado em 19/03/2019 12h12
Por Agência Brasil 19/03/2019 09h09 Atualizado em 19/03/2019 12h12
Professores e funcionários voltam à escola alvo de massacre em Suzano
Foto: Reuters
Funcionários e professores da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, foram recebidos hoje (18) por equipe multidisciplinar para apoio psicológico. Na terça-feira (19), as atividades serão destinadas aos alunos. O funcionamento da escola estava suspenso desde a última quarta-feira (13), quando dois ex-alunos, de 17 e 25 anos, entraram na escola encapuzados e armados, promovendo um ataque que resultou na morte de oito pessoas. Os atiradores se mataram após a ação.

Cerca de 30 professores e dez funcionários de diversas áreas foram até a escola voluntariamente na manhã desta segunda para participar das atividades de acolhimento, com objetivo de ajudar na superação dos traumas causados pelo atentado.

Neste momento, as dinâmicas propostas vão desde atendimento psicológico individual e coletivo até rodas de conversa. "O objetivo é criar entre os profissionais uma rede de apoio e cuidado mútuo, e ajudar os envolvidos a lidar com a dor da perda", informou a Secretaria de Estado da Educação.

O trabalho foi desenvolvido por equipes especializadas dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) da prefeitura de Suzano, da Universidade de São Paulo (USP), de outras instituições, além de profissionais das secretarias estaduais de Educação, Justiça e PGE.

Estudantes
Amanhã (19), o atendimento prioritário será para os alunos da unidade de ensino. Nesta segunda-feira, alguns estudantes passaram na escola para buscar pertences pessoais deixados para trás no momento da tragédia.

Alunos e profissionais de outras escolas estaduais, como da unidade Jandyra Vieira Cunha Barra, preparam cartazes com desenhos e cartas com mensagens de paz, amor, esperança, união, como forma de acolher os que voltarão a frequentar a Escola Raul Brasil.