Ministério Público investiga supostos excessos no curso de formação da PM de Alagoas

Por Redação com TNH1 10/12/2018 15h03 - Atualizado em 10/12/2018 20h08
Por Redação com TNH1 10/12/2018 15h03 Atualizado em 10/12/2018 20h08
Ministério Público investiga supostos excessos no curso de formação da PM de Alagoas
Alunos e familiares de alunos que fizeram as denúncias preferem não se identificar - Foto: Arquivo-Ascom PM/AL
O Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL) está investigando denúncias de supostos excessos no Curso de Formação de Praças (CFP) da Polícia Militar de Alagoas. O promotor de Controle Interno de Ações Policiais requisitou informações ao comandante da Academia de Polícia Militar sobre as denúncias.

O TNH1 recebeu diversas denúncias de alunos e familiares de alunos, que pediram para não serem identificados na reportagem. O MPE não informa o teor do que está sendo apurado, nem confirma se são as mesmas reclamações recebidas pela reportagem, que vão desde uma suposta cobrança de taxas para manutenção do curso até excessos na carga horária e limitação no fornecimento de água.

A reportagem conversou com o promotor Magno Alexandre, que responde pela promotoria de Controle Interno de Ações Policiais. Ele confirmou que instaurou um procedimento para apuração, e já esteve nas dependências da Academia para averiguação.

“Há denúncias feitas sobre o curso de formação de praças. Todas elas estão registradas no Ministério Público e viraram um procedimento apuratório. Estamos ouvindo o comandante da academia pra saber sobre cada ponto alegado nas denúncias”, explicou o promotor, sem dar detalhes do teor das queixas que chegaram até o MPE, dizendo apenas que estaria aguardando as respostas aos questionamentos feitos ao comandante da academia.

As queixas

A redação do portal recebeu na última semana várias reclamações de alunos que se preparam para ingressar na PM alagoana.

Eles denunciaram cobrança de taxas para manutenção do curso e para realização da formatura dos alunos; excessos na carga horária do curso, limitação da água fornecida aos alunos, e até mesmo questões menores, como um pedido de uma resma de papel a cada aluno.

“Houve sim essa cobrança de uma taxa mensal de R$ 50 para a manutenção do curso e de R$ 70 para a realização da formatura. Houve a cobrança de uma resma de papel, que num momento inicial nós achamos que seria uma pegadinha apenas para fazer peso extra dentro da mochila. Além disso, há alunos que tiveram que ficar num posto, totalizando 36 horas de serviço o que causou a exaustão dos alunos”, disse um dos alunos ao TNH1.

A Polícia Militar

O TNH1 entrou em contato com a Polícia Militar de Alagoas para comentar as denúncias.

Em nota encaminhada à redação por e-mail, a assessoria de comunicação da PMAL informou que a corporação não vai se pronunciar sobre o caso no momento, mas que tomará as providências cabíveis quando for comunicada oficialmente das investigações do MPE.

“A Polícia Militar de Alagoas informa que não se pronunciará no momento sobre investigações do Ministério Público do Estado em andamento. Somente quando for oficiada pelo órgão tomará as providências cabíveis”, diz o texto da nota.

Uma fonte do TNH1 na polícia afirma que o pagamento da taxa aos alunos seria legal, com exceção de utilização para pagamento de despesas com formatura. Porém, como já informado acima, a PMAL não comentou nem esta nem as demais reclamações.