Vereador por Batalha e sobrinho negam participação na morte de Boiadeiro

Por Redação com Gazetaweb.com 20/11/2018 13h01 - Atualizado em 20/11/2018 17h05
Por Redação com Gazetaweb.com 20/11/2018 13h01 Atualizado em 20/11/2018 17h05
Vereador por Batalha e sobrinho negam participação na morte de Boiadeiro
Alex Sandro e o sobrinho participam de coletiva à imprensa - Foto: Tatianne Brandão/ Gazetaweb
Recém-empossado novamente na Câmara de Batalha, o vereador Alex Sandro Rocha Pinto convocou a imprensa, nesta terça-feira (20), para falar sobre a morte de Neguinho Boiadeiro, ex-parlamentar pelo município. Junto com o sobrinho, Raphael Rocha Pinto, que também participou da coletiva, ele foi preso suspeito de participar do assassinato. Os dois foram liberados recentemente.

"Foi um equívoco da polícia me colocar nesse inquérito do caso Neguinho Boiadeiro", disse Alex Sandro, que alega não haver provas suficientes contra ele. "Acho que foi pressa da Polícia Civil para concluir as investigações", continuou, alegando que não haveria motivação para que ele cometesse o crime.

De acordo com o vereador, ele tinha um bom relacionamento com a vítima e com a família. "Tenho cinco mandatos [como parlamentar], não tenho crimes e, por isso, não existe motivação", apontou, acrescentando que esteve reunido com os familiares de Boiadeiro antes da decisão que decretou a prisão preventiva.

Durante a entrevista coletiva, o vereador ainda afirmou que não teve contato com a família Dantas, a quem os parentes atribuem a morte do parlamentar, ocorrida em novembro de 2017. Logo após a morte de Neguinho Boiadeiro, um dos filhos dele, José Márcio Cavalcante, conhecido Baixinho Boiadeiro, baleou o filho do ex-prefeito de Batalha, José Emílio Dantas.

Raphael também negou qualquer participação no assassinato. "No dia do acontecido estava na casa da minha avó almoçando e quem veio me contar foi minha esposa sobre um tiroteio na Câmara. Fui olhar e de lá fui pra casa do Sandro, o filho do Kléver estava lá. Depois fui até Major Isidoro com outras pessoas e daí disseram que eu estava envolvido nessa história", disse.

O tio acrescentou temer ser vítima de uma queima de arquivo, apesar de ressaltar não ter medo dos Boiadeiros. "A família Boiadeiro sabe que não fizemos nada, não tenho medo deles. Nós estamos conversando, a família sabe que não temos envolvimento", expôs, ao ser questionado se tinha medo de uma vingança por parte de Baixinho, que é suspeito de ter matado Tony Pretinho e está foragido.

Ele falou ainda esperar que a polícia reabra o inquérito e faça novas investigações. "Com certeza vão chegar nos verdadeiros culpados. A gente não deve e o que eu peço é só Justiça, que se apure direito e chegue ao verdadeiro culpado", destacou o vereador, que afirmou não saber o motivo de ter sido acusado de participação no homicídio.

"Não sei responder porque uma pessoa pública, que faz política há mais de 20 anos na minha cidade, pai de família, que nunca mexeu com crime, é acusada, indiciada por um crime com tanta repercussão no nosso Estado", apontou o vereador, que está contratando um perito aposentado da Polícia Federal para investigar o caso.

Segundo ele, a família Boiadeiro também estaria envolvida nessa investigação paralela. "Estamos fazendo contato com a família Boiadeiro pra gente se juntar e fazer uma grande investigação para descobrir os verdadeiros culpados".