Presidente do Sinteal diz que professores têm mais a protestar do que celebrar

Por Redação com Gazetaweb.com 15/10/2018 14h02 - Atualizado em 15/10/2018 17h05
Por Redação com Gazetaweb.com 15/10/2018 14h02 Atualizado em 15/10/2018 17h05
Presidente do Sinteal diz que professores têm mais a protestar do que celebrar
Maria Consuelo diz que AL tem o 3º pior salário do Nordeste - Foto: Arquivo/Gazetaweb
No dia dedicado a eles, os professores dizem ter muito a reivindicar e pouco a comemorar. É o que afirma a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), Maria Consuelo.

Em entrevista à Gazetaweb, na manhã desta segunda-feira (15), a sindicalista disse não haver compromisso político dos gestores com a categoria, pontuando que os professores de Alagoas têm o 3º pior salário do Nordeste.

A partir das 15h de hoje, a entidade reúne a categoria para mais um protesto, desta vez, no calçadão do Comércio, no centro da cidade, onde serão levantadas discussões acerca de pautas políticas e educacionais voltadas à valorização do profissional do magistério.

Para Consuelo, não se deve deixar de celebrar este dia, considerando a importância do educador frente a outras profissões. "Não esperemos que gestores nos valorizem, porque não há compromisso político. Temos que fazer a nossa parte e celebrar este dia, mas, principalmente, protestar para nossos professores terem maior qualidade de vida, de trabalho, e nossos estudantes desenvolverem seu potencial. O protesto fala mais alto do que a comemoração", salientou.

Na oportunidade, a presidente do sindicato citou a Finlândia como o país que mais avançou em Educação, trabalhando o menor desde o ventre da mãe.

"A questão não é ter acesso, mas qualidade no ensino. Hoje, o professor da rede estadual tem o terceiro pior salário do Nordeste, o que é devastador para a categoria. Inclusive, os profissionais de nível superior vêm sendo rebaixados no percentual de reajuste, sofrendo uma perda salarial de mais de 25% desde 2009, muito maior do que os profissionais de nível médio", assinalou Maria Consuelo.

E, na rede municipal de ensino, a situação também não é diferente, conforme frisou a sindicalista. Segundo ela, a categoria só obteve 3% de aumento salarial e, além disso, não foi contemplada com progressões por titulação ou tempo de serviço.