Eleição presidencial torna mais evidente divisão do país em torno de candidatos
As eleições se aproximam e, com isso, ficam mais acirradas as disputas entre os candidatos à presidente da República. As recentes pesquisas divulgadas pelo Ibope e DataFolha mostram que o pleito presidencial deste ano deve ir para o segundo turno. Jair Bolsonaro (PSL) lidera as pesquisas, com o candidato Fernando Haddad (PT) aparecendo logo atrás.
Para o analista político Marcelo Bastos, as pesquisas mostram a atual realidade do país, que está dividido politicamente, com a extrema direita liderada por Bolsonaro e a esquerda puxada por Haddad, que herdou a candidatura de Lula e praticamente consolidou o segundo turno, apesar de os próximos dias serem considerados determinantes no pleito deste ano.
"O país começou a ser dividido nas eleições de 2014, na disputa entre Dilma e Aécio Neves. Logo em seguida veio o impeachment da presidente, de modo que a população se dividiu ainda mais. Estas eleições são um reflexo do que vivemos lá trás. Bolsonaro surgiu com um discurso de extrema direita, enquanto Haddad herdou os eleitores de Lula e a opção de voto daqueles que são contra o candidato do PSL", explica.
Bastos também destaca a migração de votos no segundo turno, já que, segundo ele, o Ibope questionou os eleitores dos demais candidatos (Ciro, Marina, Alckmin, Meirelles e outros) sobre a opção de voto caso Haddad e Bolsonaro sigam na disputa pela Presidência.
"Este novo formato de pesquisa, que já considera plausível este segundo turno, foi interessante por justamente já projetar a disputa. Vimos que alguns eleitores mudam sua opção de acordo com o cenário", avalia.
Segundo Marcelo, a projeção do Ibope foi a seguinte:
65% dos eleitores de Ciro Gomes disseram que votariam no Haddad no segundo turno. Já 23% optariam em votar em Bolsonaro;
Já entre os eleitores de Geraldo Alckmin, 48% disseram que votariam em Haddad e 33% em Bolsonaro;
Com relação aos que hoje votam em Marina Silva, 59% responderam que votariam em Haddad e 22% em Bolsonaro;
Quanto aos demais candidatos, 43% votariam em Haddad, enquanto 40% votariam em Bolsonaro.
Para Marcelo, isso demonstra que o pleito eleitoral será um dos mais disputados da história, destacando que política "é reflexo do momento porque, após a confirmação de Haddad, este disparou consideravelmente nas pesquisas, saindo de 4% para 19%".
"A eleição deste ano ainda não será a que unirá o país, justamente por conta da disparidade entre os favoritos na disputa, já que eles representam a esquerda e a extrema direita. Portanto, o país continuará dividido".
Para o analista político Marcelo Bastos, as pesquisas mostram a atual realidade do país, que está dividido politicamente, com a extrema direita liderada por Bolsonaro e a esquerda puxada por Haddad, que herdou a candidatura de Lula e praticamente consolidou o segundo turno, apesar de os próximos dias serem considerados determinantes no pleito deste ano.
"O país começou a ser dividido nas eleições de 2014, na disputa entre Dilma e Aécio Neves. Logo em seguida veio o impeachment da presidente, de modo que a população se dividiu ainda mais. Estas eleições são um reflexo do que vivemos lá trás. Bolsonaro surgiu com um discurso de extrema direita, enquanto Haddad herdou os eleitores de Lula e a opção de voto daqueles que são contra o candidato do PSL", explica.
Bastos também destaca a migração de votos no segundo turno, já que, segundo ele, o Ibope questionou os eleitores dos demais candidatos (Ciro, Marina, Alckmin, Meirelles e outros) sobre a opção de voto caso Haddad e Bolsonaro sigam na disputa pela Presidência.
"Este novo formato de pesquisa, que já considera plausível este segundo turno, foi interessante por justamente já projetar a disputa. Vimos que alguns eleitores mudam sua opção de acordo com o cenário", avalia.
Segundo Marcelo, a projeção do Ibope foi a seguinte:
65% dos eleitores de Ciro Gomes disseram que votariam no Haddad no segundo turno. Já 23% optariam em votar em Bolsonaro;
Já entre os eleitores de Geraldo Alckmin, 48% disseram que votariam em Haddad e 33% em Bolsonaro;
Com relação aos que hoje votam em Marina Silva, 59% responderam que votariam em Haddad e 22% em Bolsonaro;
Quanto aos demais candidatos, 43% votariam em Haddad, enquanto 40% votariam em Bolsonaro.
Para Marcelo, isso demonstra que o pleito eleitoral será um dos mais disputados da história, destacando que política "é reflexo do momento porque, após a confirmação de Haddad, este disparou consideravelmente nas pesquisas, saindo de 4% para 19%".
"A eleição deste ano ainda não será a que unirá o país, justamente por conta da disparidade entre os favoritos na disputa, já que eles representam a esquerda e a extrema direita. Portanto, o país continuará dividido".
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