MP-AL investiga se Moinho Motrisa lança resíduos prejudiciais à saúde

Por G1 Alagoas 09/08/2016 10h10 - Atualizado em 09/08/2016 13h01
Por G1 Alagoas 09/08/2016 10h10 Atualizado em 09/08/2016 13h01
MP-AL investiga se Moinho Motrisa lança resíduos prejudiciais à saúde
Foto: Divulgação
O Ministério Público Estadual (MP-AL) instaurou um inquérito civil público para apurar a denúncia de que o Moinho de Trigo Indígena S/A, o Moinho Motrisa, localizado na Avenida Comendador Leão, no bairro do Poço, em Maceió, está lançando resíduos que causam desconforto e problemas de saúde na população.

A portaria foi publicada, nesta terça-feira (9), no Diário Oficial do Estado (DOE). De acordo com a 4ª Promotoria de Justiça da Capital, a denúncia traz quem um "pó preto" lançado pelo moinho é preocupante porque, além de residências, a empresa é próxima de hospitais e maternidades.

O MP considerou a exigência legal de autorização ambiental municipal para as atividades ou empreendimentos efetiva ou potencialmente poluidores ou degradantes do meio ambiente. Dia te disso, foi requisitada ao Secretário Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (SEMPMA) a fiscalização de constatação de dano ambiental.

Também foram solicitadas Secretário Municipal de Controle do Convívio Urbano (SMCCU) informações acerca da adequação do empreendimento com as normas urbanísticas.

Foi marcada para o dia 5 de setembro deste ano uma audiência para propor ajuste de conduta ás exigências legais. deverão participar, além de representantes do moinho e da comunidade do entorno, membros da SEMPMA e da SMCCU.

Acidente
Em abril de 2014, um dos três silos do Moinho rompeu. Cinco pessoas ficaram feridas, diversos imóveis e veículos ficaram danificados, mas não houve nenhuma morte.

Um laudo realizado por uma empresa de Belo Horizonte, contratada pelo próprio Moinho Motrisa, mostra que, até o acidente, nenhuma mudança havia sido realizada na armação construída em 1974 para sustentar os silos, mesmo após reformas que aumentaram o peso de todo o conjunto.

Mais de dois anos depois, os donos dos imóveis mais atingidos, localizados na Vila Nossa Senhora do Carmo, ao lado do moinho, ainda esperam a indenização da empresa.