A criação da superfederação entre o União Brasil e o Progressistas (PP) promete redefinir o cenário político brasileiro e fortalecer ainda mais a influência do deputado federal Arthur Lira (PP). O pedido de registro da nova federação foi protocolado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na quinta-feira, 04.

Para que a federação possa atuar nas eleições de 2026, o TSE precisa aprovar o registro até abril do próximo ano, respeitando o prazo legal de seis meses antes do pleito. Caso seja validada, a União Brasil–PP formará a estrutura partidária mais robusta do Brasil, com presença em todos os estados, grande capilaridade e recursos financeiros expressivos.

No comando nacional, a superfederação reunirá nomes de peso da política, como Arthur Lira, o governador de Goiás e presidenciável Ronaldo Caiado (União-GO), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Em Alagoas, Lira terá controle total sobre as decisões eleitorais do bloco, incluindo a escolha de candidatos e a definição das estratégias locais, consolidando seu papel como a principal liderança política do estado.

Embora o novo grupo já tenha sinalizado que atuará de forma crítica ao governo Lula (PT) e planeje lançar um candidato próprio à Presidência, Arthur Lira articula para manter uma relação pragmática com o Planalto. Em Alagoas, o deputado busca o apoio petista em sua provável candidatura ao Senado, numa disputa que promete ser uma das mais acirradas de 2026.

A força política e financeira da superfederação impressiona: são 7 governadores, 108 deputados federais — a maior bancada da Câmara —, 12 senadores, 1.355 prefeitos (incluindo oito capitais) e R$ 953,8 milhões em fundo eleitoral, valor superior ao do PL, além de R$ 197,6 milhões de fundo partidário, também o maior do país.

Com essa estrutura, a União Brasil–PP surge como um novo polo de poder no Congresso e um ator decisivo no tabuleiro eleitoral de 2026.