O possível alvo da Operação da Polícia Federal, deflagrada na manhã desta terça-feira, 18, teria sido o prefeito de Minador do Negrão, Josias Aprígio. A operação visava investigar um esquema de corrupção eleitoral ocorrido nas eleições de 2024. Segundo diversos moradores da cidade, o prefeito teria tido a residência vasculhada por agentes federais em busca de provas envolvendo ele no caso.

Testemunhas afirmam que os policiais teriam apreendido ao menos um celular e uma agenda pessoal do prefeito. Esses materiais, caso confirmados oficialmente, podem conter conversas, anotações e supostas orientações que ajudariam a mapear um possível esquema para manipular o índice de abstenção no município.

A investigação apura denúncias de que eleitores teriam sido coagidos, ameaçados ou até remunerados para não comparecer às urnas no dia da votação. Em cidades pequenas como Minador do Negrão, cada voto — e cada ausência — impacta diretamente o resultado, o que reforça a gravidade das suspeitas levantadas.

De acordo com informações do próprio inquérito, um eleitor teria sido levado à residência de um candidato, onde teve documentos pessoais retidos e recebeu R$ 1.000 em espécie para não votar. A PF cumpriu três mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Eleitoral da 45ª Zona de Igaci, com o objetivo de recolher elementos que comprovem a materialidade do crime, reforcem indícios de autoria e revelem outros possíveis envolvidos.

Além de Josias Aprígio, o vice-prefeito Heldinho Barros e outro homem também estariam sob investigação por participação no suposto esquema de compra de abstenção.