O ministro dos Transportes, Renan Filho, comentou, na última sexta-feira, 25, as recentes declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o tráfico de drogas e o protecionismo econômico. Em entrevista, o ministro adotou um tom equilibrado, buscando esclarecer a posição do governo e reafirmar sua própria visão sobre os temas.

“Lula foi sensato: corrigiu o que precisava numa fala mal colocada. Traficante é criminoso. E ponto”, disse Renan, destacando ainda que “o presidente tem direito de corrigir aquilo que considerou não correto”.

O ministro reforçou sua posição ao afirmar que “traficante é criminoso e tem que ser tratado como tal”. Segundo Renan Filho, o governo federal tem intensificado o combate ao crime organizado, destacando as ações recentes contra o Primeiro Comando da Capital (PCC), considerada uma das maiores facções criminosas do país.

“O governo do presidente Lula tem feito o maior combate da história ao PCC. Foi realizada a maior operação contra a facção, atingindo inclusive suas fontes de financiamento, que estavam alojadas em postos de gasolina, usinas, fintechs e até no mercado de capitais. Essa investigação foi essencial para quebrar o braço financeiro dessas corporações, verdadeiras multinacionais do crime”, afirmou o ministro.

Renan também ressaltou que o Brasil, assim como os Estados Unidos, não é produtor de drogas, mas sofre com a circulação internacional de entorpecentes. Segundo ele, o enfrentamento ao tráfico deve ser contínuo e articulado com outros países.

Ao comentar sobre o protecionismo econômico, tema que gerou debate durante o encontro entre Lula e o ex-presidente americano Donald Trump, Renan Filho defendeu o “fortalecimento do multilateralismo” como alternativa para promover equilíbrio nas relações comerciais internacionais.

“Tarifas e barreiras atrapalham todos os países do mundo. O caminho é fortalecer o comércio internacional de forma justa e eficiente. Essa é a agenda que o presidente Lula tem defendido”, completou o ministro.