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Estudantes com salários altos são denunciados por fraude nas cotas de baixa renda da Ufal

Por Política em Pauta 03/10/2025 10h10 - Atualizado em 03/10/2025 13h01
Por Política em Pauta 03/10/2025 10h10 Atualizado em 03/10/2025 13h01
Estudantes com salários altos são denunciados por fraude nas cotas de baixa renda da Ufal
Ufal - Foto: Reprodução

Uma denúncia formal, encaminhada à ouvidoria do Governo Federal, por meio do sistema Fala BR, e ao Ministério Público Federal (MPF) trouxe à tona suspeitas de fraudes no sistema de cotas da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). O caso envolve candidatos que teriam utilizado vagas destinadas a pessoas de baixa renda e pessoas com deficiência (PCD), mesmo sem atender aos critérios socioeconômicos exigidos.

De acordo com os documentos enviados ao MPF, pelo menos dois estudantes se matricularam no curso de Medicina em Maceió pelo sistema de cotas. O primeiro seria uma candidata concursada em Pernambuco, com remuneração em torno de R$ 5.500, valor muito acima do limite de um salário mínimo per capita permitido para esse tipo de vaga. Já o segundo caso citado seria de um policial civil, também pernambucano, com salário aproximado de R$ 11 mil mensais.

As denúncias afirmam que ambos burlaram as regras e acabaram prejudicando candidatos da lista de espera que realmente se enquadram na política de cotas. A irregularidade foi registrada junto ao sistema Fala BR sob o protocolo nº 23546.097431/2025-85 e encaminhada ao MPF sob o número: 20250065150/2025 autuação 1.11.000.001270/2025-65.

Após o acionamento do Ministério Público, a própria UFAL confirmou a abertura de processo administrativo (nº 23065.028566/2025-11) para apurar as denúncias. E-mails trocados entre os denunciantes e a instituição mostram que a Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) ainda não apresentou prazos ou solução definitiva, enquanto a Comissão Permanente do Vestibular (Copeve) informou que a decisão caberá à Prograd.

Outro ponto que gera revolta aos estudantes na fila de espera é a demora da universidade em se posicionar oficialmente sobre o caso. Houve inclusive a prorrogação do prazo de resposta da manifestação no sistema Fala BR, estendendo o retorno até o dia 30 de outubro de 2025. Nesse período, os estudantes da lista de espera temem perder definitivamente suas vagas, já que o semestre letivo está prestes a começar nesta segunda-feira, dia 06 de outubro.

Após tomar conhecimento da denúncia, o Portal Já É Notícia procurou as assessorias de comunicação do Ministério Público Federal e da Universidade Federal de Alagoas, para saber sobre o andamento do processo e se há prazo de resolução. Segundo a assessoria do MPF, o procedimento ainda está em fase de apuração e, por ora, não poderão se manifestar, para não atrapalhar a investigação.

A assessoria da Ufal ainda não se pronunciou sobre o caso.

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