Blogs
Movimentos denunciam Mineração Vale Verde ao MPF e pedem exclusão de colegiado hídrico em Alagoas
O Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM) e o Observatório Ambiental Alagoas protocolaram uma denúncia contra a empresa Mineração Vale Verde (MVV) no Ministério Público Federal (MPF). As entidades solicitam a exclusão da mineradora do Comitê de Bacia Hidrográfica do Sertão do São Francisco (CBRHSSF), sob a acusação de conflito de interesses e graves impactos socioambientais.
De acordo com os movimentos, a presença da MVV em um colegiado responsável pela gestão dos recursos hídricos representa “uma contradição insustentável”. A denúncia aponta contaminação por metais pesados, degradação da qualidade da água e prejuízos à saúde das comunidades do Sertão alagoano. Como provas, foram anexados estudos da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e registros de atuações da Defensoria Pública da União (DPU).
A mineradora também é acusada de realizar detonações fora dos horários acordados, causar destruição de residências próximas às áreas de exploração e contaminar afluentes do Rio São Francisco. Segundo as entidades, os princípios constitucionais da prevenção, precaução e do poluidor-pagador tornam incompatível a permanência da empresa no comitê de gestão hídrica.
Além da representação contra a Mineração Vale Verde, MAM e Observatório Ambiental também protocolaram outro documento questionando o acordo firmado entre a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) e a Braskem, envolvendo o Sistema Catolé-Cardoso. O contrato, avaliado em R$ 108 milhões, inclui a venda de ativos da Casal e a renúncia de pleitos futuros, o que, segundo os movimentos, fere princípios de reparação integral, isonomia e participação social.
As entidades afirmam ainda que comunidades atingidas pela mineração de sal-gema, como Flexais, Marques de Abrantes e Bom Parto, foram excluídas do mapa oficial de criticidade, ficando de fora de processos de reparação e indenização. Para os denunciantes, isso reforça a necessidade de revisão imediata do acordo.
Na ação protocolada, os movimentos solicitam que o MPF investigue a legalidade do contrato entre Casal e Braskem, promova audiências públicas com a participação das comunidades atingidas e mantenha a Força-Tarefa que acompanha os casos relacionados à mineração em Alagoas. Também pedem que sejam criados critérios claros de elegibilidade para impedir que empresas com histórico de danos ambientais ocupem assentos em colegiados de gestão dos recursos hídricos.
Política em Pauta
Informações sobre politica, com atualização diária, de forma dinâmica e prática.
Aqui você fica por dentro das principais notícias sobre a política brasileira, sobretudo a alagoana e o que ocorre em seus bastidores.
Um ambiente de comunicação inteligente dinâmica, imparcial, com entrevistas e espaço diálogo!
Últimas notícias
Defensoria obtém reconhecimento de legítima defesa em júri realizado em Maceió
Inscrições para o processo seletivo do Colégio Tiradentes terminam nesta quarta-feira (12)
Fã cuiabana de Carlinhos Maia viaja a Alagoas e é furtada ao chegar em Penedo
Influenciadora se declara ‘digissexual’ e diz que viveu relacionamento com ChatGPT

