O ex-presidente Fernando Collor de Mello foi o que mais gastou com benefícios garantidos por lei entre todos os ex-chefes do Executivo brasileiro no primeiro semestre de 2025. De acordo com dados oficiais da Presidência da República, Collor acumulou despesas de R$ 931,5 mil, liderando o ranking de gastos entre os ex-presidentes.

A legislação vigente desde 1986 assegura a cada ex-presidente uma estrutura de apoio formada por até oito servidores e dois veículos oficiais, com despesas custeadas pelo governo federal. Embora não recebam salário ou pensão vitalícia desde a Constituição de 1988, eles têm direito a diárias, passagens, serviços de segurança, telecomunicações e manutenção de veículos.

Collor manteve uma equipe de sete servidores no período, gerando R$ 412,4 mil em salários. Também foram gastos R$ 259,5 mil em passagens nacionais, R$ 198,4 mil em diárias no Brasil e R$ 20,6 mil em despesas com veículos e combustíveis.

Logo atrás de Collor, Dilma Rousseff aparece com R$ 862,5 mil em despesas, incluindo salários, ajuda de custo para pessoal civil, missões no exterior e viagens internacionais. Michel Temer, Jair Bolsonaro, José Sarney e Fernando Henrique Cardoso completam a lista, com valores que variam entre R$ 368,8 mil e R$ 554,4 mil no mesmo período.

Ao todo, os benefícios concedidos aos ex-presidentes custaram aos cofres públicos R$ 3,65 milhões apenas nos seis primeiros meses de 2025.