O Partido Liberal (PL), presidido nacionalmente por Valdemar Costa Neto, publicou uma resolução que proíbe deputados federais, estaduais, vereadores, prefeitos, governadores e senadores filiados à legenda de manifestarem apoio a pré-candidatos de outras siglas.

A decisão prevê punições severas para quem descumprir a norma, incluindo cancelamento de candidatura, expulsão da sigla e bloqueio de acesso aos fundos partidário e eleitoral.

Em Alagoas, a medida impacta diretamente o prefeito de Maceió e presidente estadual do PL, JHC, o deputado estadual Cabo Bebeto, que busca a reeleição, e o vereador Leonardo Dias, pré-candidato a uma vaga na Assembleia Legislativa. Os três deverão ter cautela em manifestações públicas e nas redes sociais, já que qualquer sinal de apoio a políticos de outros partidos dependerá de autorização do diretório nacional.

O texto da resolução também abre margem para que a direção nacional intervenha nas decisões dos diretórios estaduais e municipais, reforçando um controle centralizado sobre as estratégias eleitorais do PL em todo o Brasil. Para integrantes da sigla, a medida é uma forma de manter a unidade interna, especialmente em um momento de crescimento do partido e de fortalecimento da base bolsonarista.

Vale lembrar que apesar de inelegível, Bolsonaro é apontado por aliados como peça central nas articulações para as eleições de 2026, cenário que aumenta a pressão interna para alinhamento total à cúpula nacional do partido.

Nos bastidores, dirigentes do PL afirmam que a norma não está diretamente ligada à situação de Bolsonaro, mas serve como um lembrete para que todas as negociações políticas nos estados passem pelo aval da direção nacional.