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Sessão na Assembleia Legislativa é marcada por críticas e defesa ao MST após ocupação de terra em Arapiraca

A ocupação da Fazenda Laranjal, na zona rural de Arapiraca, pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) gerou intensos debates durante a sessão plenária da terça-feira, 17, na Assembleia Legislativa de Alagoas. Parlamentares se dividiram entre duras críticas ao movimento e a defesa de sua atuação em favor da reforma agrária no estado.
A denúncia foi feita pelo deputado estadual Ricardo Nezinho (MDB), que afirmou que cerca de 100 integrantes do MST invadiram uma propriedade de mais de 200 tarefas, registrada legalmente em cartório e com atividade produtiva comprovada no cultivo de milho, mandioca e fumo. Segundo ele, a invasão causa insegurança jurídica e medo entre os pequenos produtores da região. “Estamos vivendo um momento inédito e preocupante. Arapiraca sempre foi referência de reforma agrária natural, sem conflitos. Essa invasão quebra esse histórico e ameaça o direito à propriedade”, afirmou Nezinho.
A Justiça já determinou a desocupação voluntária da fazenda em até 15 dias, decisão reforçada pelo Tribunal de Justiça após recurso do MST, que alegava que a área não cumpriria função social. O desembargador Fernando Tourinho, relator do agravo, rejeitou os argumentos do movimento.
O pronunciamento de Nezinho foi seguido por uma série de apartes, a maioria em apoio à sua posição. O deputado Cabo Bebeto (PL) fez críticas contundentes ao MST e lembrou que é autor de uma lei estadual que aplica multas em casos de invasão de terras. “Eles invadem porque sabem que não haverá consequências severas. Em sua maioria, são maloqueiros organizados que se aproveitam da omissão do poder público. Precisamos agir com firmeza”, disparou.
A deputada Cibele Moura (MDB), da Frente Parlamentar em Defesa da Propriedade Privada, também subiu o tom ao criticar o movimento. “É revoltante ver parlamentares defendendo o MST. Um grupo que tenta tomar à força terras produtivas de famílias honestas. Nosso dever é proteger o produtor rural e garantir segurança jurídica no campo”, declarou.
André Silva (Republicanos) e Breno Albuquerque (MDB) também se manifestaram contra o MST, classificando a ocupação como crime e alertando para os riscos de instabilidade no setor agrícola do estado.
Por outro lado, o deputado Ronaldo Medeiros (PT) foi a única voz a sair em defesa do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra. Em seu aparte, disse acompanhar de perto os assentamentos do MST em Alagoas e destacou o papel produtivo do grupo. “O MST não é um movimento de baderneiros, é um movimento sério que produz e fornece alimentos para universidades, escolas e comunidades. A luta pela reforma agrária é legítima e necessária num país com tanta concentração de terras”, afirmou.

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