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Calcanhar de Aquiles: crise na Educação de Maceió expõe fragilidade da gestão JHC e ameaça pretensões políticas

A greve dos professores da rede pública de Maceió entra em sua terceira semana, mantendo mais de 50 mil crianças e adolescentes fora das salas de aula. O impasse entre a categoria e a Prefeitura foi o tema central da sessão da Câmara de Vereadores de ontem, quinta-feira, 15. Parlamentares expressaram posições divergentes sobre a condução do caso pela gestão municipal.
A pauta dos professores inclui reajuste salarial de 13,06% a ser pago integralmente, melhorias estruturais nas escolas e valorização profissional. A proposta da Prefeitura prevê um reajuste de 6,27% parcelado, o que foi rejeitado pela categoria.
Pais presentes na sessão, ou representados por mensagens, pediram aos vereadores da base governista, que somam 22 dos 27 parlamentares da Casa, que incentivem a reabertura do diálogo entre a gestão e os professores.
Além da questão salarial, os professores apontam problemas estruturais, como a precariedade no transporte escolar, que já afetava a frequência dos alunos antes da greve. Segundo Teca Nelma, em algumas salas com 30 estudantes, apenas metade conseguia comparecer às aulas por falta de condução. Climatização das salas, contratação de profissionais especializados e melhores condições de trabalho também estão entre as demandas.
A crise atual é mais um capítulo de uma série de problemas enfrentados pela educação municipal sob a gestão de JHC (PL). Desde 2021, Maceió registrou duas quedas consecutivas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), colocando a capital entre as piores do país nesse indicador. Além disso, a cidade ficou de fora do maior programa federal de construção de creches da história, devido à ausência de colaboração entre os entes federativos.
A situação da educação em Maceió já repercute na imprensa nacional e é apontada como um dos principais desafios para JHC, caso decida se lançar como candidato ao Governo do Estado. Uma vez que a crise na educação de Maceió coloca em xeque a capacidade de gestão de JHC e pode ser um obstáculo significativo em suas pretensões políticas futuras.
A gestão do prefeito também foi criticada por vereadores da oposição pela falta de prioridade à educação no orçamento municipal. O Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) questionou o orçamento destinado à área para o ano de 2025, que terá apenas 1,98% a mais de recurso em relação a este ano, mantendo apenas os 25% constitucionais.

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