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Em movimento estratégico para ampliar influência política, JHC consegue que o pai, João Caldas, assuma o comando da OCB-AL

A nomeação de João Caldas para a superintendência da Organização das Cooperativas Brasileiras em Alagoas (OCB-AL) consolida um novo capítulo na influência política do prefeito de Maceió, JHC, dentro do sistema cooperativista estadual. Ex-deputado federal e ex-prefeito de Ibateguara, João Caldas foi escolhido após a decisão do Conselho de Administração da entidade, sob a presidência de Verônica Medeiros, cuja indicação também partiu diretamente de JHC.
O movimento reforça a presença da família Caldas no cenário político e institucional de Alagoas. Embora João Caldas tenha sido inicialmente cotado para a presidência da OCB-AL, sua ausência de vínculo formal com cooperativas inviabilizou a candidatura, levando à escolha de Verônica para o cargo. No entanto, a chegada do ex-deputado à superintendência e a tentativa de sua nomeação para o Serviço Social do Cooperativismo (Sescoop) em Alagoas evidenciam uma articulação política que se sobrepõe às disputas históricas do setor.
A OCB-AL, que enfrentou uma intervenção judicial nos últimos anos devido a suspeitas de irregularidades eleitorais, passou por uma mudança de comando em janeiro, quando Verônica Medeiros assumiu a presidência após a destituição de Arleide Gomes. O processo gerou controvérsias, uma vez que a nova dirigente não possuía histórico de atuação no cooperativismo alagoano, mas sua nomeação foi justificada pelo vínculo com a Unimed de Palmeira dos Índios e pela exigência de experiência mínima de oito anos no setor.
Nos bastidores, a influência de JHC na OCB-AL tem sido alvo de críticas e questionamentos sobre a politização da entidade. Com histórico de indicações técnicas e eleições conduzidas pelo próprio setor, a chegada de Verônica e Caldas representa uma guinada sem precedentes no cooperativismo alagoano, despertando reações de grupos que disputam o comando da instituição, incluindo lideranças como Márcia Túlia, Klécio Santos e Antonino Cardozo.
A assembleia que confirmou Verônica Medeiros na presidência contou com a participação de apenas 12 cooperativas, um número reduzido diante das mais de 100 registradas na OCB-AL. O processo de escolha foi divulgado apenas em publicação oficial de um jornal local, o que gerou questionamentos sobre sua legalidade e transparência.
Em entrevista recente, Verônica destacou que sua nomeação foi mérito de sua experiência no cooperativismo e reforçou que JHC a indicou com base em critérios técnicos. No entanto, a clara influência política do prefeito na entidade levanta dúvidas sobre o futuro da OCB-AL e a possibilidade de novas disputas judiciais.
Com a tentativa de João Caldas assumir o comando do Sescoop em Alagoas, a movimentação política se intensifica, podendo gerar ainda mais impasses.
O sistema cooperativista, que historicamente se manteve distante de indicações político-partidárias, agora se vê no centro de uma disputa onde os interesses políticos podem se sobrepor às demandas do setor. O desfecho dessa articulação poderá impactar diretamente o futuro das cooperativas em Alagoas e a governança da OCB-AL nos próximos anos.

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