Benjamin Netanyahu, conhecido como Bibi, voltou ao cargo de primeiro-ministro de Israel após o anúncio do resultado das eleições legislativas na noite de quinta-feira (3/11). O grupo político dele conquistou 64 assentos de 120 no Knesset, parlamento israelense. Ele é o premiê que ficou mais tempo no cargo, de 1996 a 1999 e de 2009 a 2021.

Porém, Netanyahu foi o primeiro premiê a ser julgado por corrupção enquanto ocupava o cargo e, depoois de um ano e quatro meses desde a deposição, está de volta.

Passando por instabilidade política, em quatro anos, Israel passa pela quinta eleição. O primeiro-ministro, Yair Lapid, não se sustentou no cargo e teve o governo dissolvido. Após a vitória de Bibi, ele ligou para o rival e o parabenizou pela vitória.

Governo mais à direita

A vitória de Bibi está ligada à alianças entre o Likud, seu partido, que conquistou 32 assentos no Knesset, mas terá de negociar com os ultraortodoxos representantes do sionismo de direita. A coalização é considerada a mais de direita da história de Israel. O Hadash-Taal, partido árabe, elegeu apenas cinco deputados.

Netanyahu ainda terá de formar um novo governo. Lideranças da extrema-direita, Bezalel Smotrich e Itamar Ben Gvir já manifestaram o interesse em ocupar as pastas da Defesa e do Interior.

Estados Unidos
“Você fez falta”, escreveu Mike Pompeo, secretário de Estado dos EUA, em seu Twitter para celebrar o retorno de Netanyahu ao Kiryat HaMemshala, sede do poder Executivo de Israel.

Israel tem relação muito próxima com o governo norte-americano. Nos EUA, se concentra a maior população judaica fora de Israel no mundo. São cerca de 7,5 milhões, segundo a pesquisa Pew, de 2020. Além disso, o país é considerado um “respiro” do ocidente no coração do Oriente Médio.