Em um vídeo publicado nas suas redes sociais, o delegado e pré-candidato a deputado estadual, Thiago Prado (UB) denunciou que a Associação do Violeiros e Trovadores de Alagoas, que não possui o mínimo de estrutura, recebeu mais de R$ 1,6 milhão de emendas parlamentares da Câmara de Maceió.

As emendas, são dos vereadores Brivaldo Marques (MDB) e Cau Moreira (PSC), ambos pre-candidatos a deputado estadual e federal, respectivamente.

Segundo o delegado, a emendas parlamentares devem ser utilizadas para trazer benefícios para a sociedade, mas não é o que parece estar acontecendo no bairro Santos Dumont, parte alta de Maceió, na Associação de Violeiros e Trovadores de Alagoas (AVTA), que não possui uma estrutura física adequada e aparenta não prestar serviços à comunidade local.

Além disso, "no prédio sede da associação, que possui três salas, foram encontrados três freezers com bebidas alcoólicas, aparentando ser um destinados a comércio de bebidas."

A denúncia do delegado aponta que a AVTA deverá receber o montante de R$1.665.00,00 de verbas municipais.

“Quando chegamos ao prédio da associação encontramos o prédio vazio, contava somente com a presença do presidente. Perguntei o sobre o plano de trabalho da AVTA, e como o dinheiro público seria utilizado, o presidente disse que o documento estaria pronto, mas não estava com ele no momento, e começou a demonstrar nervosismo”, disse Thiago Prado.

O presidente da AVTA ainda informou que, há três anos, estariam sendo desenvolvidos trabalhos voltados para a área da saúde. Mas no vídeo, divulgado pelo Delegado Thiago Prado, mostra que nenhum tipo de atendimento estava sendo feito.

Alguns moradores da região disseram que não conheciam a associação, outros que eles prestavam pouco serviço a comunidade, e teve relatos de que a AVTA já teria fechado.

"Essa entidade tem envergadura para receber R$1.665.00,00 em atividades que sejam úteis para a sociedade maceioense, em especial aos moradores do bairro do Santos Dumont?”, questionou o delegado, completando que encaminhará o caso ao Ministério Público do Estado de Alagoas.