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Governadores têm R$ 320 bilhões em caixa para gastar em 2022

Por Política em Pauta 23/05/2022 08h08 - Atualizado em 23/05/2022 09h09
Por Política em Pauta 23/05/2022 08h08 Atualizado em 23/05/2022 09h09
Governadores têm R$ 320 bilhões em caixa para gastar em 2022
Dinheiro voando - Foto: Divulgação

Anos eleitorais normalmente são marcados pelo grande quantidade de obras entregues. A manobra serve tanto para que os gestores mostrem serviço ao fim do mandato, quanto conquistem o eleitorado para se manter no cargo ou alcançar uma nova posição política.

As eleições deste ano não são diferentes, mas elas vêm acompanhada de um "plus", conforme um levantamento do Jornal O Globo, os Estados brasileiros nunca tiveram tanto dinheiro em caixa quanto nos últimos três anos.

O momento de bonança dos estados e municípios está garantindo uma sobra bilionária nos cofres públicos, com a bagatela de R$ 320 bilhões disponíveis.

O levantamento foi levantado pela economista Vilma Pinto, da Instituição Fiscal Independente (IFI). Conforme os dados, os estados tinham, até o fim do primeiro bimestre de 2022, R$ 319,8 bilhões para gastar. Os municípios contavam com R$ 185,7 bilhões. Isso representa um total de R$ 505,5 bilhões brutos disponíveis em caixa.

Parte desse montante é carimbada, ou seja, só pode ser usada para gastos específicos, como em saúde e educação, o que limita a ação dos governos. Mas há sobras para obras, reajustes e programas. Essa conta já exclui recursos que serão usados para pagamento de dívidas.

"A gente tem um aumento significativo na disponibilidade de caixa dos estados e municípios, muito em decorrência do aumento de receitas", observou a economista.

Entre as causas no ganho financeiros dos cofres públicos de Estados e Municípios, está a transferência de recursos durante a pandemia, a alta da inflação (que turbina a arrecadação) e o aumento da base de arrecadação dos estados, influenciado pela aceleração da inflação.

Em 2021, os estados arrecadaram R$ 652,42 bilhões com ICMS, e 27,4% desse total — R$ 178,9 bilhões — saíram da tributação de energia e combustíveis.

"No caso dos estados, o principal tributo é o ICMS, e boa parte é vinculada a energia e combustíveis, que estão tendo um choque muito grande de preços, e acabam impactando, em termos proporcionais, de forma maior a arrecadação", explicou Vilma.

Política em Pauta

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