Que neste dia internacional da Mulher possamos refletir sobre a mulher em seu convívio familiar e social, principalmente sobre a desigualdade que esta mulher sofre no mercado de trabalho em relação aos homens.
As estatísticas nos mostram a realidade cruel da falta de oportunidade e da desvalorização das mulheres em conseguir o primeiro emprego por exemplo, apenas 48% das mulheres estão empregas enquanto para os homens este número é de 75%. A disparidade aumenta quando se refere a cargos de chefia e a salários. Sem contar que 50% das mulheres que engravidam perdem seus empregos após a licença maternidade.
Estas estatísticas e a prática excludente que a sociedade impõe mostram como o preconceito de gênero ainda é predominante e o que nos entristece é que as problemáticas não se restringem ao âmbito profissional, se formos pensar nas violências de gênero em suas diversas facetas, tais como: abandono, assédios, crimes e falta de respeito com a dignidade destas mulheres... seriam páginas e páginas de argumentação e comprovações do que nossas mulheres sofreram e sofrem no Brasil e no mundo.
Por isso que hoje, 8 de março, reservemos para nossa reflexão a respeito desta desigualdade e violência que sofremos pelo simples fato de sermos mulheres. Precisamos combater este muro de silêncio que normaliza esta desigualdade e as violências contra as mulheres, vamos aproveitar esta data especial para repensar atitudes em busca de uma sociedade sem desigualdade de gênero.
Sabemos que repetimos comportamentos e ações que herdamos do próprio sistema social, precisamos assumir o protagonismo feminino e lutar por uma sociedade justa e consciente. Em que possamos ir quebrando os paradigmas sociais e possamos ver com mais frequência mulheres em cargos de destaque em instituições públicas e privadas, mulheres tendo voz e vez, tendo as mesmas oportunidades, liberdade, podendo ser quem esta mulher quer que seja, e fazendo com que todas possam acreditar que são capazes e podem assumir as rédeas da sua vida e ser feliz onde e como quiser.
Muitos desafios precisam serem enfrentados, mas que possamos continuar lutando contra esta cultura machista que está enraizada na nossa sociedade, é importante reforçar que aqui não estamos nos referindo em combater aos homens e sim em promover igualdade de direitos destas mulheres. Como diz a escritora arapiraquense Ellen Melo “Precisamos encontrar o equilíbrio entre o feminino e o masculino trazendo elementos para discussões sobre os papeis sociais que homens e mulheres ocupam na sociedade contemporânea”
Ou seja, precisamos acordar para não reproduzirmos os mesmos comportamentos que estão sendo perpetuados na sociedade, por isso vamos refletir, pesquisar, agir e compreender a necessidade de buscarmos o equilíbrio entre o mundo masculino e feminino com o foco numa vida saudável, com equidade, respeito em que todos possam exercer seus papeis sociais de forma consciente e humana!