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Bolsonaro: A cara do Brasil

Por Márcio Pedro 31/01/2021 12h12 - Atualizado em 31/01/2021 14h02
Por Márcio Pedro 31/01/2021 12h12 Atualizado em 31/01/2021 14h02
Bolsonaro: A cara do Brasil
A cara do povo - Foto: Google

Aquela máxima que diz: O povo tem o político que merece pode ser substituída pelo “o político que representa minha natureza e convicções pessoais”.

Diante de uma política fragilizada pela corrupção do partido dos trabalhadores, surgiu a representação mais clara e fidedigna de um político que representa grande parte dos brasileiros nos mais diversos contextos estruturais e culturais, indo de pensamentos velados de ojeriza, passando por comportamentos agressivos, intolerantes e de mal com o politicamente correto.

Nos rincões do nosso Brasil conhecemos eleitores que são homofóbicos, mas que calam pela força da lei, racistas de porta de cozinha, o tiozão que oprime com piadas ofensivas, o religioso ortodoxo que acha que a constituição de um Estado tem que segui seu credo, suas ilusões fundamentalistas, o malandro que tenta tirar vantagem de tudo e de todos, a falta de decoro em ambientes e situações que não permiti tais atitudes, o xenofobismo rudimentar regional, a mentira, a falta de amor ao próximo, a insignificância em relação a morte, o patriarcado familiar acima de tudo e de todos, o profissional incapaz de assumir determinado cargo, mas ávido por dinheiro e poder, compra tal limitação, um povo que não gosta de planejar o amanhã e vivem como aves que vai onde o vento leva, a soberba, o espirito nacionalista atrofiado e de caráter duvidoso, o machismo, o preconceito sobre as classes sociais inferiores e diversificada, o pai de família que abomina o aborto na frente as câmaras das sociedade, mas que paga caro pelo aborto escondido da filha, que fala mal de perversão e sexualização midiática, mais sua pupila se dilata nas redes sociais com adolescentes em atos lascivos, tudo sobre o sigilo necessário de ser um(a) hipócrita de carteirinha.

Todas essas características são estigmas do nosso governante maior, e esse senso de pertencimento a essa causa foi aflorada nesses eleitores que hibernavam sem tempo para acordar, até conhecer seu álter ego Jair Bolsonaro.

A boca transborda o que seu coração está cheio, seja amor ou ódio, desculpa e correção nenhuma vai mudar isso, porque está enraizado no brasileiro ignorante e perverso que não tem a mínima vontade de se ver no lugar do outro, e essa combustão se aquece quando temos políticos do mais alto grau incentivando tais comportamentos.

Só a educação, o tempo e os ventos da civilidade mudarão nosso comportamento mesquinho, primitivo e irresponsável. Isso poderá levar anos, ou uma vida inteira, mas um dia chegaremos lá. Começando por não eleger políticos iguais a nós, mas políticos responsáveis com o cargo que ocupa, independentemente de suas convicções, imparcial e responsável. Esse, sinceramente não é o Bolsonaro.